Gabriel Medina comenta eliminação pelo ouro nas Olimpíadas: 'Difícil aceitar'
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O surfista Gabriel Medina não conseguiu segurar a emoção ao falar sobre a conquista da medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris 2024. Em participação no 'Encontro com Patrícia Poeta' nesta quarta-feira, 14, o atleta recordou sua passagem no evento e celebrou a vitória no esporte.
Ao longo do bate-papo na atração matinal da TV Globo, Gabriel recordou o episódio em que foi eliminado na disputa pelo ouro devido à falta de ondas. Na ocasião, em Teahupo'o, o brasileiro caiu na segunda bateria das semifinais do surfe masculino contra o australiano Jack Robinson.
"É difícil de aceitar. Você não ter uma oportunidade. Mas eu sei que eu dei meu melhor, estava preparado para aquele momento. É aceitar o momento e seguir com fé. Foi algo que eu não tinha controle, então prefiro não gastar energia com isso. É a natureza, né", declarou Medina, sem esconder a felicidade pela conquista do bronze.
"Essa medalha significa muito pra mim, porque eu esperei vários anos me preparando pra esse momento que finalmente chegou. As Olimpíadas acontecem de quatro em quatro anos, então era algo que não saía da minha cabeça", celebrou o surfista.
"Eu queria muito essa medalha, eu sonhei com essa medalha, e ter conseguido ela foi um sonho, ainda mais do jeito que foi. Independente da cor da medalha, eu me sinto vitorioso, porque aconteceram muitas coisas boas nesse campeonato. Eu não esperava que, sei lá, uma foto minha surfando atingisse tanta gente, né?", completou Gabriel Medina, se referindo a sua icônica imagem 'voando' no mar.
A volta de Gabriel Medina ao surfe
Ainda durante a entrevista no 'Encontro', Medina recordou a época em que precisou se afastar das competições para cuidar de sua saúde mental. Em seu relato, o surfista ressaltou a importância do acompanhamento psicológico em momentos difíceis.
"Para mim foi muito importante [o acompanhamento] até porque é muito intensa a vida do atleta. A gente tem que lidar com muita coisa. Não é sempre que a gente vence, tem muitas derrotas. A gente mais tem derrota do que vitória", disse.
"Passa por viagem, a gente tá longe direto da família. Eu passei um bocado de coisa, então pra mim foi fundamental. Eu voltei mais forte. Eu parei um ano de competir. Nunca tive um psicólogo. Foi a primeira vez que eu comecei um trabalho. Inclusive, indico para todas as pessoas que puderem ter alguém pra ajudar", continuou Gabriel Medina.
De acordo com o surfista, o apoio profissional o ajudou bastante durante as Olimpíadas. "É super importante e que te faz bem. Eu voltei mais feliz, gostando de surfar. Voltei com minha família do meu lado, meus amigos. Não tem coisa melhor de se sentir bem, sabe? Tem que se cuidar. Às vezes a gente não percebe. Acho que o importante é estar seguro. Então eu fico feliz com a minha evolução e entender mais hoje o que eu vivo e desfrutar disso", concluiu.