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Fezes, comida com vermes e calor: os pesadelos dos atletas em Paris
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Fezes, comida com vermes e calor: os pesadelos dos atletas em Paris

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06/08/2024 19h48
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©Reprodução/Instagram
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Em menos de uma semana os Jogos Olímpicos de Paris 2024 chegam ao fim, mas as reclamações acerca da organização não acabam. Atletas do mundo todo se reuniram para se enfrentarem nas competições, mas não esperavam serem surpreendidos com vermes, calor extremo e casos escatológicos. A seguir, a coluna recorda situações em que o Comitê Olímpico Internacional colocou a saúde e o desempenho dos participantes em jogo.

Uma das últimas revelações foi feita por Adam Peaty. O nadado britânico admitiu, em entrevista ao jornal The I, que outros atletas olímpicos encontraram vermes nos peixes servidos no refeitório da Vila Olímpica. A organização do evento providenciou uma área de alimentação para todos os competidores, mas muitos sofreram até mesmo com a falta de proteína animal.

"O serviço não é bom o suficiente para o nível no qual os atletas devem performar. Precisamos dar o nosso melhor. Em Tóquio a comida era incrível. No Rio era incrível. Mas desta vez? Não há opções de proteínas suficientes, há longas filas, temos que esperar 30 minutos por comida. Eu gosto de peixe, e as pessoas estão achando vermes no peixe. Não é bom o suficiente", esclareceu.

Ele ainda ressaltou que o Comitê Olímpico Internacional forçou que todos seguissem uma dieta mais sustentável, sob a promessa de que 60% das refeições seriam sem carne. Apesar disso, muitos competidores não ficaram satisfeitos: "Eu quero carne, eu preciso de carne para performar, e é isso que eu como em casa. Por que eu deveria mudar?".

Simone Biles também comentou sobre a comida servida no local: "Eu não acho que estamos comendo a verdadeira culinária francesa na Vila como a que vocês podem estar comendo porque estão fora da Vila. Para os atletas, é um pouco mais saudável". "Eu não acho que é muito boa, pelo menos o que estamos comendo na sala de jantar. Eu definitivamente acho que a comida francesa é boa, mas o que estamos comendo aqui, não acho que é a melhor. Mas ela cumpre o seu papel", acrescentou Hezly Rivera, sua companheira de equipe.

Logo no início dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, até mesmo os telespectadores ficaram confusos com a utilização do Rio Sena para diferentes provas. Os últimos testes realizados confirmaram que o local estava apto para receber a abertura da cerimônia e os atletas ao longo da competição, mas isso não foi bem o que aconteceu.

No dia 28 de julho, dois dias após o início do evento, um treino dos atletas de triatlo no Rio Sena foi cancelado após detectarem fezes. "Os testes realizados no Sena no sábado revelaram níveis de qualidade da água que, na visão da federação internacional, World Triathlon, não forneciam garantias suficientes para permitir a realização", confirmou em nota.

De acordo com a Fludion, uma empresa de tecnologia, houve o aumento exponencial da bactéria E.coli. O indicador de material fecal foi mais apontado durante o treino de domingo (28). O motivo seria que chuvas locais teriam levado a sujeira da rua para dentro do rio. E muitos competidores foram afetados com a contaminação. 

Claire Michel está fora dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 justamente por isso. Ela foi internada poucos dias após competir na disputa individual de triatlo. A atleta belga teria contraído a bactéria, encontrada no intestino de humanos e animais. O microorganismo em si é inofensivo, mas algumas variações dele podem causar infecções, como aconteceu com a competidora. O Comitê Olímpico da Bélgica confirmou o adoecimento dela e solicitou "garantias sobre os dias de treinamento, os dias de competição e o formato das competições".

Por outro lado, alguns atletas não conseguiram nem mesmo aproveitar o momento de descanso na Vila Olímpica. Thomas Ceccon dormiu no gramado do local ao tentar fugir do calor extremo de seu quarto. O campeão olímpico de 100 metros costas admitiu que as más condições de estrutura e falta de ar condicionado nos ambientes dificultou seu sono.

"Não foi à noite, só uma soneca", declarou a Federação Italiana de Natação (Federnuoto). Ainda assim, o competidor reforçou as condições precárias da Vila Olímpica, incluindo alimentação e transporte. De acordo com ele, essa é "a pior já vivida" e os "atletas não estão protegidos". E o calor não foi o único problema envolvendo os quartos do local. Cece Dupre, remadora da Suíça, admitiu que o colchão não é nada confortável.

"Você pensa que eles teriam boas camas, não? Com o maior grupo de melhores atletas do mundo num lugar só. Eles deveriam ter algum dinheiro ou pelo menos priorizar recuperação e desempenho. É como se eles não quisessem que a gente dormisse bem. Eu dormi naquela coisa [cama], e era tão duro... Até o lençol era de um material sintético e que coçava", concluiu.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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