Análise: Corinthians não encanta, mas faz o necessário em “final” contra o Vitória
Gazeta Esportiva
Por Iúri Medeiros
O Corinthians não jogou bem contra o Vitória, e cometeu erros que o torcedor se acostumou a ver ao longo deste ano. Mas, como diz o ditado: “Final não se joga, se ganha”.
Sim, o duelo válido pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro foi uma decisão para o Corinthians. Não vencer a partida significaria, provavelmente, mais dias agitados no Parque São Jorge e no CT Joaquim Grava até o próximo compromisso, contra o Cruzeiro. Conquistar os três pontos foi fundamental para trazer um pouco de paz em um ambiente tão caótico e, claro, fazer o time evoluir na tabela de classificação.
O duelo diante do Rubro-Negro Baiano mostrou um Corinthians que estamos acostumados a ver. A equipe do interino Raphael Laruccia manteve alguns padrões de jogo dos tempos de António Oliveira, e alguns problemas se repetiram, como a descompactação defensiva, a pressão descoordenada e a pouca progressão na saída de bola. Natural, tendo em vista que o Laruccia mal teve tempo de treinar a equipe e está lá como um “tampão” no cargo.
Além da parte coletiva, as falhas individuais voltaram a aparecer. Hugo foi mal no primeiro gol do Vitória, “servindo” Alerrandro, e Léo Mana cometeu pênalti “bobo”, que resultou no segundo tento dos visitantes. Erros gritantes que por pouco não comprometeram os três pontos do Timão.
Matheuzinho foi o melhor jogador da linha defensiva do Corinthians, com boas ações para travar ataques do adversário. Rodrigo Garro brilhou com os dois gols marcados, mas voltou a errar muito ao longo dos 90 minutos. Wesley, após ótimo Derby na segunda-feira, errou grande parte de suas tomadas de decisão.
Raniele fez seu melhor jogo em algum tempo, mas segue devendo com a bola nos pés. Yuri Alberto, que teve seu nome fortemente aplaudido pelos presentes na Neo Química Arena antes do confronto, perdeu grande parte das disputas contra seus defensores.
Basicamente, o Corinthians mostrou pouca novidade ou evolução contra o Vitória. A equipe cedeu 18 finalizações para o adversário, segundo o Sofascore, e venceu na “superação”, com gol de Giovane nos acréscimos em lance típico de abafa.
Ressalva feita, o Corinthians fez o que tinha que ser feito. O time não saiu da zona de rebaixamento, mas fez seu torcedor, tão castigado pelos últimos acontecimentos, voltar a sorrir.
O Corinthians venceu. E neste momento, nada mais importa para a Fiel Torcida.