Análise: empate com Cuiabá mostra como crise do Corinthians não parece ter fim
Gazeta Esportiva
Por Iúri Medeiros
O empate entre Corinthians e Cuiabá, na última quarta-feira, mostra como a crise do Corinthians não parece ter fim. O duelo diante do Dourado, em Itaquera, era fundamental para uma possível “virada de chave” no Campeonato Brasileiro, já que tratava-se de um adversário mais acessível, tanto em elenco como pela posição da tabela, além do “fator casa”.
Mas não. Como vem sendo rotina, o Corinthians jogou mal e contou com falhas que não podem ser toleradas para um time que briga contra o rebaixamento.
Nesse tipo de duelo, em que somar os três pontos é fundamental, não se pode entrar como o time entrou nos primeiros minutos de jogo. Desconcentrada, a equipe sofreu gol “bobo” em lance de bola parada logo aos cinco minutos. Como é habitual, o time se viu em um cenário de correr atrás do prejuízo.
No primeiro tempo, o time apresentou volume e viu uma boa atuação de Rodrigo Garro, clareando as jogadas de ataque. Outro destaque, esse por 90 minutos, foi Breno Bidon, o principal articular da equipe em campo. Mesmo assim, poucas chances de fato perigosas.
Na segunda etapa, logo de cara Matheus Donelli salva a equipe defendendo pênalti cobrado por Isidra Pitta. O lance levantou o estádio e a atmosfera ficou ainda mais favorável para o Timão.
E mesmo assim, o Corinthians pouco fez. Desorganizado e nervoso, a equipe seguiu errando muito e tinha como única solução as jogadas de abafa, com cruzamentos para Pedro Raul ou Yuri Alberto. Foi assim, em jogada de Mosquito pela direita, que o camisa 20 foi travado e a bola sobrou para Matheus Bidu acertar bonito chute.
O Timão tentou empurrar o Cuiabá até o apito final, mas não foi eficiente para virar a partida. Como durante todo o jogo, o time correu, mas não apresentou soluções com a bola nos pés.
O jogo contra o Dourado era fundamental. Depois de uma sequência dura, vencer ao lado do seu torcedor poderia dar um ânimo a mais para um elenco novo e que não consegue dar respostas, assim como a comissão técnica.
Agora, o Timão vai mais pressionado para o clássico contra o Palmeiras, no Allianz Parque. Resta saber se a equipe terá António Oliveira ou não no banco de reservas no Derby.