Aos 32 anos, Glaucia celebra sua primeira convocação para a Seleção Brasileira
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Gazeta Esportiva
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Atacante do Flamengo, Glaucia foi convocada para defender a Seleção Brasileira pela primeira vez em sua carreira no último dia 6 de fevereiro. A jogadora comemorou a oportunidade e relembrou das dificuldades que enfrentou ao longo dos anos.
“Eu precisei me adaptar à minha nova versão. Não foi fácil, mas consegui. O Flamengo fez todo um projeto comigo, passei a trabalhar muito o meu corpo e perder peso. Muitos diziam que eu não estava na Seleção por causa disso. Hoje eu sei que estou no caminho certo e não quero parar. Hoje, olho para trás e vejo que todos os momentos difíceis foram necessários. Conquistei o que parecia impossível. Para mim, foi muito importante o caminho que percorri para chegar até aqui”, disse Glaucia ao site da CBF.
Revelada pelo São Bernardo e com passagens pelas Seleções de base, ao longo da carreira Glaucia defendeu Centro Olímpico, Jeonbuk (Coreia do Sul), São Caetano, São José, Iranduba, Sport e KSPO (Coreia do Sul). A atleta conviveu com graves lesões e problemas fora de campo.
“Eu tive três lesões de LCA, mas a maior dificuldade foi, sem dúvida, na Coreia do Sul. Foi onde eu entrei em depressão, que mudou meu corpo completamente. Quem me conhecia antes de 2011 sabe o quanto eu era forte fisicamente, mas na Coreia, eu estava dormindo duas horas por dia e treinando intensamente. Minha alimentação não era adequada. Foi um momento muito difícil. Eu pedia para ir embora todos os dias”, contou.
Recentemente, jogou no Santos e São Paulo, até se transferir para o Flamengo em janeiro de 2024. Agora, Glaucia foi convocada por Arthur Elias para um período de treinos, entre os dias 17 e 26 de fevereiro, no Centro de Treinamento Almirante Heleno Nunes, em Teresópolis, no Rio de Janeiro.
“O Arthur Elias é muito ofensivo e ataca com muitas atletas, o que facilita para quem é atacante ou meia. Mas o time também tem um poder muito grande de voltar para marcar. Aqui, ele joga com uma nove centralizada. Isso é muito importante porque também sei fazer, assim como consigo me adaptar a ser meio-campo. Eu tenho muito arranque de 30 metros. Consigo me dar bem tanto para ser uma central quanto para ajudar com passe e com infiltração”, analisou Glaucia.
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