Estreia do Brasil confirma temor de Dorival na Copa América, e técnico busca solução
Gazeta Esportiva
A estreia do Brasil na Copa América , nesta segunda-feira, contra a Costa Rica, confirmou um temor de Dorival Júnior: as dificuldades ao ataque da equipe causadas pelas dimensões menores dos gramados do torneio.
No empate sem gols com os costarriquenhos, a Seleção Brasileira sofreu bastante com a falta de espaços para criar oportunidades de gol. Vinícius Júnior, por exemplo, esteve irreconhecível nesta segunda-feira, sendo fortemente marcado por atletas tecnicamente inferiores, mas que conseguiram neutralizá-lo justamente por não haver tanto espaço para que ele pudesse escapar.
“Eu acho que isso aconteceu em muitos momentos. Nós tivemos um para um, rodamos muito bem a bola, transitamos a bola na frente da área adversária. Só que se vocês observarem, a dobra de marcação acontecia muito rápida, nós temos um campo reduzido, tanto na vertical quanto na horizontal. Isso facilita para quem se defende, dificulta para quem ataca, porque as dobras de marcação acontecem muito rápidas”, disse Dorival Júnior.
O cuidado especial da defesa costarriquenha com Vinícius Júnior, aliado ao campo menor em comparação com o gramado “padrão FIFA”, fez com que o Brasil muitas vezes passasse a insistir em jogadas pela direita, onde Raphinha e, posteriormente, Savinho também não tiveram sucesso em busca do gol.
“O Vini recebia a bola com dois homens e um terceiro já se aproximando. Tentamos com o Savinho, tivemos sucesso em muitos momentos, com Raphinha também. Faltou detalhe, a definição, mas a liberdade foi dada. As defesas, principalmente a defesa da Costa Rica, estavam muito bem postadas. Trabalhamos por fora, por dentro, trocamos passes em velocidade, mudamos a direção do jogo, buscamos criar. Quando existe um balanço muito rápido de marcação, você terá uma dificuldade muito maior. Para mim foi isso o que aconteceu e acontecerá nos jogos seguintes”, prosseguiu Dorival Júnior.
Apesar de todos os obstáculos encontrados na partida da última segunda-feira, o treinador da Seleção Brasileira também reconheceu que seus jogadores poderiam ter executado melhor alguns movimentos para dificultar a vida da defesa costarriquenha e marcar o gol.
“Nós precisamos de um movimento que é fundamental, o movimento sujo, que é o movimento de ataque à última linha adversária, provocando um movimento de três, quatro, cinco passes atrás dessa linha adversária e uma abertura maior frontal a esse movimento de linha para facilitar a vida de quem tem a bola nos pés. Para mim, talvez tenha sido a maior dificuldade que nós encontramos. Faltaram alguns movimentos em profundidade. Com isso, tivemos uma dificuldade maior, porque esse movimento em profundidade carrega a linha para cima do seu goleiro e abre espaço para você trabalhar a bola vindo de trás. Os trabalhos de ataque à última linha foram os que mais realizamos nos treinamentos”, concluiu Dorival.
O Brasil volta a entrar em campo na próxima sexta-feira, contra o Paraguai, às 22h (de Brasília), no Allegiant Stadium, em Las Vegas, pela segunda rodada do Grupo D da Copa América.