Felipe Bardi e Ana Carolina Azevedo são campeões dos 100m no Troféu Brasil
Gazeta Esportiva
Nesta quinta-feira, Felipe Bardi e Ana Carolina Azevedo foram campeões dos 100 metros do 43º Troféu Brasil Interclubes Loterias Caixa de Atletismo, disputado na pista do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.
Bardi, que já está qualificado para a Olimpíada de Paris, conquistou seu segundo título brasileiro na distância. Já Ana, que com o resultado confia na classificação via ranking, celebrou a vitória no Troféu Brasil pela primeira vez.
Além do título nos 100m, Felipe Bardi comemorou a marca de 10s05 (-0.7), a segunda melhor da sua carreira, perdendo apenas para o 9s96 (+1.0), conquistado em setembro de 2023.
“Fazer um tempo desse na final de um Troféu Brasil é muito gratificante. Eu cheguei para esse Troféu muito tranquilo, diferente de todos os outros Troféus. Estava fazendo a contagem, é meu décimo Troféu Brasil, comecei em 2014. É sempre uma honra estar entre os melhores do Brasil. Agora é agradecer, e que venha Paris”, disse.
Bardi celebrou o pódio formado por Hygor Gabriel Soares, que conquistou a prata com 10s13, e por seu companheiro de clube, Erik Cardoso, bronze com 10s19. No entanto, lamentou a lesão de Paulo André Camilo, que não conseguiu completar a prova.
“É uma grande honra correr com o Hygor, menino novo que conseguiu a prata, e o Eric, meu parceiraço, meu irmão, que conseguiu o bronze. Infelizmente teve a lesão do PA, mas eu espero que ele se recupere até os Jogos Olímpicos, porque a gente precisa dele”, completou.
Hygor Gabriel Soares, de 21 anos, estava eufórico com a medalha de prata. O atleta bateu seu recorde pessoal. A prova mais rápida havia sido realizada em 10s21, em setembro de 2023. Natural de Natal, disputou sua primeira final de Troféu Brasil já estreando no pódio.
“Estou sem palavras. Nem vim preparado para correr os 100 m. Meu foco era os 200 m. Mas eu corri muito bem, fiz meu PB”. Hygor começou no futsal, mas uma professora que percebeu sua velocidade, encaminhou-o ao atletismo. Até pouco tempo atrás, sua prova principal era o salto em distância. “Acho que estou nos 100 metros tem só uns dois anos”, afirmou.
Ana Carolina conquista a prova no feminino
Ana Carolina, por sua vez, passou pela linha de chegada e soltou um grito de desabafo de campeã.
“Eu sempre bati na trave – ficava em quarto lugar, em terceiro, segundo já era difícil, o terceiro sempre estava beliscando. Por isso que quando eu passei na linha soltei um palavrão, porque estava engasgado”, disse a velocista, que, com o resultado, aumenta a expectativa de classificação nos 100m pelo ranking de pontos da World Athletics.
Gabriela Silva Mourão ficou com a prata (11s32), enquanto Lorraine Barbosa Martins conquistou o bronze (11s51).
Nos 200 metros, Ana espera correr para o índice, que é de 22s57. Sua melhor marca é 22s91, conquistada em abril.
“Quero fazer o índice nos 200m, eu estou com pernas para isso, venho fazendo bons treinos. Eu amo os 200m, é uma prova que dá para você correr com a cabeça, né? Os 100m é muito explosivo, nos 200m você ainda consegue ir pensando a prova toda. Agora estou leve”, afirmou.