Home
Esportes
Filho de ex-marchadora, Caio Bonfim celebra prata e sai em defesa do esporte: “Não brincamos de rebolar”
Esportes

Filho de ex-marchadora, Caio Bonfim celebra prata e sai em defesa do esporte: “Não brincamos de rebolar”

publisherLogo
Gazeta Esportiva
01/08/2024 11h30
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Caio Bonfim fez história nesta quinta-feira, nos Jogos Olímpicos de Paris, e conquistou a primeira medalha do Brasil na marcha atlética. Ele faturou a prata na prova dos 20 km, com o tempo de 1:19.09, e subiu ao pódio da modalidade pela primeira vez Olimpíadas.

O atleta, que participa dos Jogos pela quarta vez, celebrou o feito inédito. Ele chegou a ser punido duas vezes durante o percurso e precisou desacelerar, mas conquistou a prata “na raça”.

“A ficha ainda não caiu. É minha quarta vez nos Jogos Olímpicos. Na primeira vez, em Londres, não consegui terminar, tive que sair de cadeira de rodas. Fui o quarto em 2016, em casa. Em Tóquio fui 13º. E agora a prata. É um sabor especial, estou muito feliz. Paris agora faz parte da minha história”, afirmou Caio em entrevista à TV Globo.

“Sou brasileiro, não desisto. É na raça. Consegui manter a técnica, o equilíbrio, e levar essa medalha para casa”, disse o marchador.

A marcha atlética faz parte da vida de Caio Bonfim desde o berço. Ele é filho de Gianette Bonfim, ex-atleta e oito vezes campeã brasileira da modalidade. Seu pai, João Sena, era o treinador da esposa.

O brasileiro está habituado a conviver com o preconceito que ronda a marcha atlética. Após levar e medalha de prata, Caio pediu para que a modalidade ganhe mais visibilidade e saiu em defesa do esporte. Ele disse que os marchadores “não estão brincando de rebolar”.

“Todo mundo um dia olhou para marcha atlética e achou estranho, mas eu não. Era a profissão da minha mãe, cresci vendo ela. Era normal. Minha mãe fez índice para Atlanta, em 1996, mas teve uma mudança de critério e ela não foi. Quando eu fui para Londres, falei para ela: ‘Quem disse que você não foi para uma Olimpíada?’. E hoje eu posso virar para ela e dizer que somos medalhistas olímpicos. Não estou acreditando”, declarou.

“Foi com muita raça. Nessa prova não estamos brincando de rebolar, somos uma potência. Somos medalhistas olímpicos. Tomara que essa medalha dê oportunidade a outros que queiram participar da marcha atlética”, concluiu.

Caio Bonfim chegou em Paris como o atleta com maior número de participações olímpicas da delegação brasileira. Esta é a quarta aparicão dele nos Jogos.

Terceiro colocado no ranking mundial, o marchador já era tratado como um dos favoritos ao pódio. Ele ganhou medalhas nas últimas oito competições internacionais que disputou, inclusive o Mundial do ano passado.

Em seu currículo, Caio é detentor de dois bronzes em Mundiais, além de 12 títulos brasileiros, recorde sul-americano na marcha de 20 km e quarto colocado nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. Até então, o melhor resultado de um brasileiro na história da modalidade nas Olimpíadas.

A medalha na marcha atlética é a quinta do Brasil na atual edição dos Jogos Olímpicos. O país já faturou uma prata com o judoca Willian Lima, além de três bronzes: Larissa Pimenta (judô), Rayssa Leal (skate street feminino) e a equipe feminina de ginástica artística.

Além disso, a pugilista Bia Ferreira avançou às semifinais do boxe feminino na última quarta-feira, resultado este que já garante, no mínimo, uma medalha de bronze.

Caio Bonfim ainda participará da prova de revezamento misto de marcha atlética, ao lado de Matheus Corrêa, Viviane Lyra e Érica Sena. A competição será disputada na próxima quarta-feira, dia 7 de agosto, às 2h30.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também