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Jéssica Messali comemora Dia Paralímpico revisitando os marcos da carreira
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Jéssica Messali comemora Dia Paralímpico revisitando os marcos da carreira

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Gazeta Esportiva
09/10/2024 20h08
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Em comemoração ao Dia Paralímpico, promovido em 8 de outubro, a Allianz Seguros, parceira oficial dos Jogos de Paris 2024 e patrocinadora global dos Movimentos Olímpico e Paralímpico, reuniu os colaboradores da companhia em um encontro com Jéssica Messali, um dos principais nomes do paratriatlo brasileiro. No evento, realizado virtualmente, ela revisitou os principais marcos da carreira e mostrou como encara os desafios da profissão.

Dona de diversas medalhas conquistadas em competições nacionais e internacionais e eleita por duas vezes a melhor atleta de triatlo da temporada pelo Prêmio Paralímpicos, Jéssica Messali também relembrou o seu início no esporte.

“Sofri um acidente automobilístico, fiquei paraplégica e usei o esporte como reabilitação para voltar a ter uma vida com autonomia e me recolocar no mundo e na sociedade”, afirmou.

Formada em Administração de Empresas, com duas pós-graduações e um MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, Jéssica atuou por vários anos no meio corporativo e usou a experiência em planejamento para fazer do esporte sua nova carreira.

“Soube que a modalidade de triátlon feminino para cadeirante iria estrear nas Paralimpíadas de Tóquio e que não havia nenhuma representante do Brasil. Criei isso como um desafio”, disse ela, que passou cerca de três anos trabalhando baseada em números e treinos.

“Fiz um plano de negócios e desenhei tudo o que tinha que fazer, cada etapa que tinha que passar para chegar à Seleção Brasileira. Recebi minha primeira convocação em 2019, mas o início não foi fácil. Precisei investir muito fisicamente e financeiramente. Hoje, tenho certeza de que foi a melhor decisão”, completou.

Mente sã, corpo são

Quando iniciou no paratriatlo, Jéssica passou a desafiar o próprio corpo à natação, ciclismo e corrida. Hoje, ela treina sete vezes na semana.

“Não tenho dia off, minha carga horária é grande. Além dos treinos ativos, tomo suplementos e vitaminas, vou à fisioterapia e à massoterapia e sou muito regrada com a qualidade do meu sono e da minha alimentação.”

Para manter o equilíbrio entre a vida profissional e a carreira de uma atleta de alto rendimento, Jéssica afirmou que tenta aproveitar, da melhor maneira, os momentos em que se “desliga”.

“O repouso e a hidratação, assim como o que nós consumimos, assistimos, ouvimos e com quem conversamos, treina nossa musculatura cerebral e nos deixa fortes”, explicou.

Ser acompanhada por uma equipe multidisciplinar alinhada aos seus valores pessoais e profissionais, e estar cercada de energia positiva também contribui para que essa balança funcione, assim como contar com o apoio de uma psicóloga e de um mental coach para que emoções como angústia e decepção sejam ressignificadas.

“Muitas vezes eu treinei com uma emoção negativa que foi transformada em energia. Terminei o treino me sentindo muito bem”, declarou a atleta.

O desafio de Paris 2024

Jéssica Messali passou os últimos meses se preparando para os Jogos Paralimpícos de Paris 2024, realizado entre agosto e setembro deste ano. No entanto, um problema em sua cadeira de rodas impediu que a atleta, que estava entre as principais competidoras, pudesse concluir a última etapa do circuito.

“Acredito que ainda vou levar um tempo para me curar desta situação, porque a corrida é um dos meus pontos fortes. Eu estava em posição de buscar uma medalha. Quando a cadeira travou, houve uma mistura de sentimentos. Não foi apenas a questão de não ganhar a medalha, mas também de não conseguir me movimentar, porque o meu equipamento estava quebrado”, disse, emocionada.

Apesar disso, ela afirmou que suas maiores conquistas estão atreladas à sua capacidade de transformar as quedas e desafios da profissão em aprendizados.

“Eu não sabia que conseguia receber uma ‘pancada’ e voltar mais forte. Claro que isso não acontece da noite para o dia, mas acho que tenho o poder de viver o processo por etapas e não deixar a minha performance cair. Estou há sete anos no triátlon e já vivi várias situações desafiadoras. E hoje, olhando para trás, vejo que consegui voltar, ter amor pelo que faço e profissionalismo e respeito pelo triátlon”, finalizou.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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