Rebeca Andrade reconhece: pode “desacelerar” após Jogos de Paris
Gazeta Esportiva
Um dos grandes nomes da ginástica mundial, Rebeca Andrade sabe que o esporte de alto rendimento tem um custo alto. Tanto para a parte mental como física. Por isso, após a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris, ela reconhece a necessidade de uma reflexão da carreira.
Na próxima edição olímpica, em Los Angeles-2028, Rebeca estará com 29 anos. Assim, ela não carrega a convicção de que terá a mesma energia para seguir competindo no mesmo ritmo, buscando grandes resultados em todos os aparelhos da ginástica e na disputa do individual geral.
“O futuro a Deus pertence, para mim é muito difícil fazer individual geral depois de tantas lesões, os dois joelhos, nos dois pés. Enquanto meu corpo aguentar eu estarei aqui, pode ser que eu não faça todos os aparelhos. Temos que aproveitar todos os momentos”, afirmou.
Rebeca Andrade já está na galeria dos maiores atletas olímpicos do Brasil. Em Tóquio, ganhou um ouro no salto e uma prata no individual geral. Em Paris, já garantiu o bronze por equipes. E irá brigar por mais quatro conquistas:
no individual geral, salto, trave e solo.
Nos próximos dias, há uma grande expectativa sobre o duelo de Rebeca Andrade com Simone Biles, fenômeno norte-americano e considerada, por muitos especialistas, a maior da história. Pode ser, inclusive, o último duelo entre as atletas no auge.
“É uma honra poder competir junto com ela, uma referência para o mundo todo, não só ginástica. Muitos atletas podem assistí-la e ver como compete, o quão feliz está, fazendo o melhor por ela e pela equipe. Você vê referências em cada canto que olha, não sei como vai ser quando ela não estiver aqui, porque não sei se eu estarei aqui. Uma hora o esporte encerra, o ciclo acaba, vamos ver o que o futuro vai preparar pra gente”, explicou Rebeca Andrade.