Adidas bloqueia personalização de camisas da Alemanha por alusão ao nazismo
ICARO Media Group TITAN
A gigante fornecedora de material esportivo Adidas anunciou que irá bloquear a personalização das camisetas da seleção alemã com o número 44. A decisão foi motivada pela semelhança da numeração com a runa da SS, símbolo do grupo paramilitar Schutzstaffel, que atuou durante o regime nazista na Alemanha. A medida foi divulgada pelo portal Sport Bild nesta segunda-feira (1°).
A empresa já adota a política de bloquear nomes que fazem referência ao regime ditatorial ocorrido no país nas décadas de 1930/40, como Adolf Hitler e Führer. Agora, a Adidas decidiu ampliar a restrição, incluindo o número 44.
Nos últimos anos, foram registrados casos de camisetas personalizadas com alusão ao nazismo e também ao fascismo italiano em estádios por toda a Europa. Essas manifestações levaram a marca a tomar medidas mais rigorosas para evitar associações inadequadas e ofensivas.
Na Alemanha, a exibição pública e a disseminação do símbolo da SS e de outras antigas organizações nazistas são proibidas e podem render processos criminais.
Em pronunciamento oficial, Oliver Brüggen, porta-voz da Adidas, afirmou: "Vamos bloquear o número 44 o mais rápido possível. Pessoas de cerca de 100 nações trabalham na Adidas, nossa empresa representa a promoção da diversidade e inclusão, e nós, como empresa, estamos ativamente comprometidos em combater a xenofobia, o antissemitismo, a violência e o ódio em todas as suas formas".
A polêmica ocorre pouco depois de a DFB, a federação alemã de futebol, anunciar que deixará de ser patrocinada pela Adidas, uma empresa alemã, e passará a usar material esportivo fornecido pela americana Nike, pondo assim fim a uma parceria de mais de setenta anos.
O acordo de patrocínio com a Nike começa em 2027 e vai até pelo menos 2034, disse a DFB em um comunicado. Na ocasião, o anúncio da troca de patrocinador da seleção nacional e a escolha de uma empresa americana gerou críticas de membros do governo alemão.