Osasuna contesta acusações de racismo da torcida contra Vinicius Jr.

O Osasuna emitiu nesta terça (19) uma nota contestando as acusações feitas em uma queixa prestada pelo Real Madrid contra o árbitro Juan Martínez Munuera, por supostamente ter ignorado insultos racistas proferidos pela torcida do clube de Pamplona contra Vinicius Jr.

Em comunicado divulgado no seu site oficial, o Osasuna negou veementemente que seus torcedores tenham proferido cânticos com ofensas raciais contra o atacante brasileiro. O clube chamou o comunicado do Real Madrid de "falácia" e exigiu uma retificação imediata da imprensa que divulgou tais informações.

O Osasuna ressaltou o seu compromisso na luta contra o racismo, declarando que sempre esteve ao lado de jogadores que sofrem insultos raciais, como Vinicius Jr. e Peter Federico González. O clube lamentou a falta de uma fotografia conjunta das duas equipes, que poderia demonstrar a união contra o racismo, uma vez que o Real Madrid optou por personalizar uma camisa própria com um lema contra o racismo, ao invés de usar a camiseta referente à campanha "LALIGAVs".

Apesar dos insultos proferidos por uma minoria durante a partida no estádio El Sadar, o Osasuna rejeitou que esses cânticos tenham sido racistas, acrescentando que também sofre esse tipo de comportamento quando visita outros estádios da LALIGA. O clube reafirmou seu compromisso em educar seus profissionais para que tenham atitudes de respeito aos adversários e árbitros.

Em sua nota, o Osasuna agradeceu seus torcedores pelo comportamento exemplar, enfatizando que o estádio El Sadar é um local acolhedor, onde torcedores rivais podem vivenciar o jogo sem qualquer problema relacionado à cor da equipe adversária.

A polêmica envolvendo o Real Madrid e o árbitro Martínez Munuera se dá após o clube merengue prestar queixa contra o árbitro por negligência em relação aos insultos racistas dirigidos a Vinicius Jr. durante a partida contra o Osasuna. O Real Madrid reclamou sobre a atitude da arbitragem na partida, alegando que o árbitro não mencionou o ocorrido no relatório, escrevendo apenas que tudo estava "normal".