Abel se defende de expulsão na estreia do Palmeiras no Brasileirão
Sportbuzz
O técnico Abel Ferreira ficou revoltado com a expulsão durante a vitória do Palmeiras sobre o Cuiabá, por 2 a 1, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro 2023. Após o duelo deste sábado, 15, no Allianz Parque, o treinador português se defendeu do cartão vermelho que recebeu ainda na etapa inicial da partida e disse estar triste com a situação.
“Eu estou curioso para saber o que ele vai escrever (na súmula). Mas o pior disso tudo é chegar em casa e enfrentar minha mulher e minhas filhas, quando tenho feito um esforço tremendo para melhorar nisso. Eu sei que tenho que melhorar nisso. Eu fico triste. Isso me tira a vontade de ser treinador, me tira a vontade de estar aqui. Estou muito curioso, mesmo, para saber o que o bandeirinha vai escrever no relatório”, disse Abel na coletiva de imprensa.
“Hoje estou triste, triste mesmo. Uma parte do meu coração está feliz porque ganhamos um jogo difícil. Mas estou triste... Estou triste. Eu gosto de ver o futebol, sou intenso quando estou dentro das quatro linhas, intenso no jogo. Talvez seja essa tolerância zero, que ainda não estou adaptado. Mas estou triste. Acho que meus jogadores não mereciam ficar sem o treinador no banco. Eles sabem o quanto me esforço para os ajudar. Foi tudo muito confuso. Eu não queria ser expulso, tinha um objetivo meu. Fui expulso na Supercopa, levei dois amarelos até agora, mas não adianta. Não estava nos meus planos ser expulso hoje. Não sei se trabalho que estou fazendo é suficiente, se é a tolerância zero, se o meu português não está claro... Não sei, não sei”, acrescentou.
Na bronca!
Na súmula publicada no site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a equipe registrou que Abel gritou “arbitragem de merda”. Ainda durante a conversa com os jornalistas, o treinador foi informado sobre o conteúdo do registro e desabafou.
“Acho que foi uma arbitragem confusa, inclusive comigo. Mas isso é o que eu acho. Eu falei com os jogadores, o que fico triste é que vou chegar em casa e minha mulher vai moer minha cabeça: "Tem aqui duas filhas, não é exemplo para ninguém, sabe que contigo é tolerância zero". Mas eu não o ofendi. Não entendi a expulsão. Eu perguntei do amarelo ao López, e depois veio de vermelho direto. O fiscal de linha fala comigo em espanhol. Eu sou português, de Portugal. É a mesma língua. Não estou dizendo que sou santo, que não sou. Mas acho que foi uma tremenda confusão do bandeirinha”, disse.
“O vermelho, sinceramente, não entendo. O árbitro está do outro lado, eu estou reclamando de uma falta que eu achava que era sobre o López. O bandeirinha deve ter confundido, que teria falado que foi quem expulsou na Supercopa... Eu não acredito nisso. Eu sequer falei com o árbitro. O auxiliar interpretou alguma coisa que eu disse, que estou muito curioso para saber o que é. Eu não ofendi. Tudo que puserem de ofensa, é mentira. Foi o bandeirinha que ouviu, o árbitro estava lá longe. Vocês viram o (Raphael) Claus falar. Há árbitros que não tenho problema nenhum. Talvez a regra nova de tolerância zero... Mas como disse bem, tem que ser para todos. Foi uma arbitragem muito confusa”, completou.