Além do break: outras danças esportivas visam os Jogos Olímpicos
Sportbuzz
A inserção do break nos Jogos Olímpicos, a partir desta edição, em Paris, chamou a atenção para a dança esportiva. Com a novidade, outras modalidades passaram a se organizar para se tornarem olímpicas no futuro, dentre elas, o zouk brasileiro e a lambada, como explica a brasileira Bruna Kazakevic, árbitra referência em ambos os estilos.
"Estamos trabalhando para que o zouk e a lambada se tornem modalidades olímpicas. Estamos desenvolvendo regras e padronizações para se adequar aos padrões das competições olímpicas. Hoje ainda é uma construção, mas acreditamos na possibilidade futuramente", disse a paulista, que este ano completa 16 anos de carreira.
Bruna Kazakevic integra o quadro do Conselho Nacional de Dança Desportiva (CNDD) e, ao lado de outros membros, como Philip Miha, Patricia Lyra e Felipe Lyra, criou as regras do Zouk Brasileiro e Lambada. Além disso, acumula os mais importantes títulos desses ritmos, tanto como dançarina, treinadora e como uma das responsáveis pelo crescimento da cena no Brasil.
Em sua vasta coleção de títulos como dançarina encontra-se o Jack & Jill Spaço 3D, em 2018 e 2023; Rio Zouk Congress Jack & Jill BZDC Advanced; Torneio de Pista, entre outros. Como treinadora a lista é ainda mais extensa não apenas em campeonatos mundiais e inúmeros Jack & Jills mas também com a transformação do indivíduo para a vida.
"O que mais me encanta no zouk é a possibilidade de desenvolver não apenas o dançarino, o atleta, o artista mas o ser humano. Vejo o Zouk como um dos ritmos que mais se trabalha ondulações, a energia da água como fluxo de movimentos, isso faz com que busquemos o fluxo corporal a todo momento", destaca Bruna.
"Pensando que nosso corpo guarda toda a memória de uma vida, e considerando que movimento é vida, ao movimentar o corpo buscando esse fluxo, trazemos inconscientemente através do estado de fluxo liberações somáticas trazendo uma sensação de prazer", complementa a treinadora.
A atuação de Bruna Kazakevic no cenário vai além. Uma das diretoras do Conselho Internacional de Zouk Brasileiro, ela também tem papel importante em projetos reconhecidos no mundo da dança, como a Companhia KazakeZouk ou conhecido como "Transformadores da Humanidade", a primeira de Zouk para mulheres em São Paulo, que hoje engloba a todos.
Bruna ainda foi diretora da 1ª Turma de Formação de Zouk Brasileiro e Lambada *de São Paulo,* ao lado de José Roberto da Silva. Criou o método "White Dragon" - O que você é na sua arte, é na vida; e teve papel fundamental na Imersão Treinamento Manual do Zoukeiro, festa Kazake Night, competição Wonder Zouker e muitos shows.
"Vai muito além da atividade física, a dança promove uma das maiores dificuldades do ser humano: a comunicação. E nas danças entre duplas, principalmente o zouk, pela entrega, contato e fluxo corporal, melhora o diálogo, a escuta, o estado de presença, a sensibilidade, a disponibilidade e o respeito", enfatiza.