Com #Thalesseminsta, seleção masculina se prepara para enfrentar o Irã pelas oitavas de final do Mundial
Sportbuzz
Likes, retuítes, postagens. Um mundo de momentos compartilhados surgiu com o advento das redes sociais. Para quase todo mundo. Ainda existem os que preferem interação à moda antiga. Como Thales, líbero da seleção brasileira que na terça-feira (6.9), enfrenta o Irã pelas oitavas de final do Campeonato Mundial. Mas mesmo sem ter perfis próprios, o mundo da interação virtual não deixa de lado o discreto jogador. E a hashtag #thalesseminsta, que começou como uma brincadeira dos próprios companheiros para “marcá-lo” nas publicações, é sucesso entre os fãs de vôlei.
“Normalmente eu interajo com os fãs diretamente nos ginásios, depois dos jogos. Tiro fotos, dou autógrafos. Algumas pessoas me reconhecem na rua e falam comigo. É assim que me relaciono com os torcedores. Mas não tenho nada contra redes sociais. Elas são um canal importante de divulgação”, explica o jogador que terminou a primeira fase em sétimo lugar nos rankings de defesa e recepção do Campeonato Mundial – o Brasil avançou invicto para as oitavas de final, após vitórias sobre Cuba (3x2), Japão (3x0) e Catar (3x0).
Quem pensa que a ausência nas redes sociais é sinônimo de timidez excessiva, não conhece o #thalesseminsta. No convívio com os companheiros, aparece o jogador brincalhão, que curte jogos on-line e, como bom gaúcho, não dispensa um churrasco - apesar de confessar que é melhor comendo do que cozinhando. Thales também é completamente apaixonado pelos filhos: Eduarda, de 10 anos, e Gustavo, de 3. “Quando estou em casa, a atenção é toda para a minha família. Algumas pessoas falam que eu preciso criar um perfil nas redes sociais, dizem que eu poderia virar um influenciador. Mas acho que eu não levaria jeito”, brinca.
O ponteiro Lucarelli, companheiro de quarto de Thales, entrega que, assim como ele, Thales curte estilos de música mais pesados. “Temos muitas coisas em comum. Nosso gosto musical é parecido. Ele gosta de estilos que eu também curto, como o punk rock. Thales é um cara muito tranquilo de se conviver”, diz Lucarelli.
Dentro da quadra, é mesmo o jeito sério que domina a personalidade de Thales. Concentração e foco que o levaram a ser destaque em sua posição. Além da prata no Mundial de 2018, ele foi vice-campeão da Liga Mundial em 2017, e campeão da Liga das Nações em 2021. Na Copa do Mundo de 2019, não só faturou o título como ainda foi eleito o melhor líbero da competição. “Ao longo das temporadas, com muito estudo e dedicação, fui evoluindo e hoje me sinto mais maduro. O Mundial é diferente da Liga das Nações, tem um peso maior, fica somente atrás dos Jogos Olímpicos. As vivências de temporadas anteriores na seleção me trouxeram mais confiança para a disputa deste ano. A equipe confia em mim, estou mais maduro, ciente das minhas qualidades”, disse o líbero.
No Campeonato Mundial, além de Thales, a seleção masculina conta com Maique para a posição. O assistente técnico Ricardo Tabach cuida diretamente da preparação dos líberos. “O Thales tem uma técnica apurada, mostra confiança e tranquilidade na linha de passe que fazem a diferença. É um líbero que tem muita eficiência neste fundamento, tanto que foi eleito o melhor na Copa do Mundo em 2019. O Brasil tem dois grandes jogadores na posição, já que o Maique é um atleta que se destaca na defesa e está em evolução no passe, um jogador em processo de crescimento que se mostra sempre à disposição para contribuir”, analisa Tabach.
Para a disputa do Campeonato Mundial, o técnico Renan convocou os levantadores Bruninho e Fernando Cachopa; os opostos Darlan, Felipe Roque e Wallace; os centrais Flávio, Leandro Aracaju e Lucão; os ponteiros Adriano, Leal, Lucarelli e Rodriguinho; e os líberos Maique e Thales.
CAMPEONATO MUNDIAL
PRIMEIRA FASE
26.08 – BRASIL 3 x 2 Cuba (31/33, 21/25, 25/16, 25/17 e 18/16)
28.08 – BRASIL 3 x 0 Japão (25/21, 25/18 e 25/16)
30.08 – BRASIL 3 x 0 Catar (25/13, 25/23 e 26/24)
OITAVAS DE FINAL
06.09 – BRASIL x Irã, às 16h (de Brasília) – Transmissão sportv2