Conheça mais sobre a Liga Tênis 10
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A Liga Tênis 10 foi uma iniciativa criada no Rio de Janeiro, pela profissional de Educação Física, Bruna Assemany, como uma forma de incentivar os jovens a praticarem o tênis, com o intuito, não apenas de fazer com que estes jovens pratiquem algum esporte, mas também buscando desenvolver o tênis brasileiro.
“Quando me formei em Educação Física, vi que precisava fazer um caminho diferente como treinadora, pois não fui jogadora profissional. Tive a oportunidade de fazer cursos de tênis no Brasil e em outros centros de treinamento na Europa, na Argentina e nos Estados Unidos. Depois de tanto conhecimento, tive o insight que precisávamos de torneios para crianças”, contou Bruna.
Criada em 2015, a Liga Tênis 10 teve uma aceitação muito boa por parte do público já em seu primeiro ano. Na ocasião, Bruna organizou um torneio, no Rio de Janeiro, e contou com cerca de 40 inscrições, o que acabou surpreendendo e animando a fundadora. Por se tratar de um movimento pioneiro, a Liga Tênis acabou chamando muito a atenção das pessoas.
O nosso objetivo é deixar o tênis mais acessível tanto para os alunos, quanto para a família. Esperamos que os jovens se sintam mais a vontade de competir e busquem outras escolas de treinamento para se desenvolver e evoluir no esporte, com o resultado vindo lá na frente para o esporte brasileiro”, afirmou.
Mesmo sendo uma iniciativa relativamente “nova”, a Liga Tênis 10 já tem gerado resultados para o Brasil nas quadras profissionais de tênis: “Neste ano, a Gabriela Felix, que participou do nosso torneio em 2016, acabou de ganhar o primeiro ponto no ranking da WTA, com apenas 16 anos. No masculino, o José Guimarães, de 15 anos, também participou de torneios da Liga e vem se destacando no cenário brasileiro e internacional”.
Outras respostas de Bruna:
Qual a importância de ter uma mulher empreendedora trabalhando nesse incentivo ao esporte feminino?
“Eu acho que o esporte ainda é muito masculino. Estar na linha de frente disso e acreditar na inserção de mais mulheres no esporte faz com que o ecossistema e a indústria esportiva cresçam. Ver mais mulheres se destacando no cenário esportivo brasileiro e internacional me incentiva a dar mais visibilidade e atenção a essa nova geração para mostrar que podemos fazer a diferença no esporte brasileiro, como os homens já fazem”.
Como funciona quando a Liga visita outros países? Qual foco vocês costumam ter nesses eventos?
“Desde 2018, organizamos torneios na Europa. A ideia inicial era ver se funcionava fora do país e tivemos uma primeira impressão muito boa. O efeito é similar ao do Brasil. Independentemente do país onde as crianças estejam, elas gostam de competir. Por isso, é importante criar um ambiente harmônico, onde a crianças se desenvolvam e os pais aprendam a lidar com as emoções e incentivar os filhos a evoluir no esporte”.
Pretendem alcançar atletas internacionais ou darão foco apenas aos atletas brasileiros?
“Queremos criar essa ponte internacional, pois vemos que trazer conhecimento para o Brasil é muito importante. Sempre estamos em contato com professores e atletas de outros países. Acabamos de trazer o Patrick Simon, treinador francês que trabalhou durante muito tempo na federação local, para ministrar um Workshop sobre formação. Nosso intuito é apoiar pessoas que vemos qualidade, e não digo só em relação a qualidade técnica e tática, mas também no desenvolvimento de pessoas”.