Dívida do Corinthians com jogador chega a R$ 42 milhões
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O Corinthians vive atualmente uma situação financeira complexa, com diversas dívidas acumuladas, incluindo uma substancial relacionada ao jogador Ramiro. A dívida com o empresário Giuliano Bertolucci alcança R$ 42 milhões, uma parcela significativa das cobranças do agente contra o clube na Justiça. Para entender os desafios financeiros que o time paulista enfrenta, é essencial compreender o histórico desse caso.
A contratação de Ramiro e o contexto da dívida
Ramiro foi contratado pelo Corinthians em 2019, durante a gestão de Andrés Sanchez, e a princípio, a transferência não envolveu custos diretos para o clube. O acordo inicial estabelecia que, caso surgisse uma oferta por Ramiro ainda em 2019, o Corinthians não seria obrigado a vender o jogador. Porém, a partir de 2020, caso uma proposta de 3 milhões de euros fosse recebida, o clube teria que liberar o atleta ou adquirir 70% de seus direitos econômicos.
Por que o Corinthians deve R$ 42 milhões?
A dívida do Corinthians com Giuliano Bertolucci aumentou devido aos juros e correções. O valor original era de cerca de R$ 13 milhões. O clube chegou a quitar uma parte da dívida, mas, devido às dificuldades financeiras agravadas pela pandemia de Covid-19, não conseguiu honrar o compromisso integralmente. Como resultado, o montante foi elevado para R$ 42 milhões.
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians na época da contratação de Ramiro, atribui a impossibilidade de pagamento à grande redução de receitas causada pela pandemia. Segundo o dirigente, a aquisição do jogador parecia vantajosa, considerando que Ramiro havia sido convocado para a Seleção Brasileira, mas a crise econômica gerada pela pandemia mudou inesperadamente as condições financeiras do clube.
Medidas adotadas pelo Corinthians para sanar as dívidas
Para enfrentar esse cenário, o Corinthians adotou o Regime Centralizado de Execuções (RCE), uma estratégia que visa organizar o pagamento das dívidas e resolver pendências judiciais. Apesar dessa medida, o clube segue com bloqueios judiciais que comprometem o pagamento regular dos salários do elenco e da comissão técnica, como demonstrado pela recente restrição imposta pelo empresário André Cury.
O impacto da dívida no desempenho do clube
As complicações financeiras enfrentadas pelo Corinthians têm o potencial de afetar o desempenho da equipe em campo, já que a saúde financeira de um clube impacta diretamente na sua capacidade de realizar contratações, renovar contratos e manter os atletas motivados. O endividamento, que também inclui débitos relacionados à Neo Química Arena (totalizando R$ 2,4 bilhões), pressiona a diretoria a buscar alternativas para estabilizar as finanças sem prejudicar a competitividade no futebol.
Conclusão
O caso envolvendo o jogador Ramiro é apenas um dos exemplos dos desafios financeiros enfrentados pelo Corinthians. A soma das dívidas exige uma gestão rigorosa e a implementação de estratégias eficazes para garantir a sustentabilidade do clube a longo prazo. Ao mesmo tempo, a torcida e os sócios aguardam por soluções que tragam a estabilidade financeira de volta e permitam que o foco do clube se mantenha nas conquistas esportivas.