Do luto ao título: a dura caminhada de Sabalenka até o US Open
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Aryna Sabalenka se consolida como uma das maiores tenistas da atualidade. A bielorrussa, que vinha embalada com o resultado final do WTA de Cincinnati, faturou o primeiro US Open da sua carreira. Na ocasião, a número dois do mundo derrotou a estadunidense Jessica Pegula em sets diretos, com um duplo 7/5.
No entanto, a jogadora lidava com uma tragédia fora das quadras. Sabalenka sofreu um grande baque na vida pessoal recentemente: seu ex-namorado, que era atleta no hóquei, faleceu aos 42 anos, em março deste ano. Segundo informações da polícia do condado de Miami-Dade concedidas à revista ‘People’, o ocorrido teria se tratado de um suicídio.
A opinião pública acreditou que Aryna faria uma paralisação em sua carreira. Porém, a realidade veio a ser outra: a bielorrussa seguiu nos treinos e disputas, embora evitasse falar sobre o assunto com a imprensa em um primeiro momento. “A morte de Konstantin [Koltsov] é uma tragédia impensável e, embora não estivéssemos mais juntos, meu coração está partido”, afirmou à época.
Em data próxima ao período, Sabalenka ainda precisou enfrentar uma de suas grandes amigas no circuito, Paula Badosa, que admitiu desconforto com o cenário. “Eu conheço a situação, sei o que está acontecendo. É um pouco chocante para mim, porque ela é minha melhor amiga e não quero que ela sofra”.
Mesmo com o coração ‘partido’, a bielorrussa perseverou na temporada e conquistou dois dos quatro Grandes Abertos de 2024, superando a líder do ranking, Iga Swiatek, na estatística. Além do US Open, Aryna havia levado a melhor na final do Grand Slam australiano, em janeiro.
“Estou sem palavras. Lembro-me de todas as derrotas difíceis aqui”, destacou a tenista no último final de semana. “Eles dizem que você vai entender a razão mais tarde. Eu vejo a razão agora. Por isso, este momento é muito especial, porque não importaria o que acontecesse, eu sempre voltava mais forte e aprendia. Nunca desisti desse sonho.”