Estiloso, polêmico e astro: a marca de Dennis Rodman na NBA
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Dennis Rodman é, talvez, um dos jogadores mais subestimados na história da NBA. O pivô ficou conhecido na década de 1990 por sua habilidade defensiva (principalmente nos rebotes), pela personalidade bad boy, pelas polêmicas dentro e fora de quadra, estilos diferentes de roupa e cabelo, entre outros detalhes marcantes. É impossível descrevê-lo por completo em uma única matéria.
O Chicago Bulls de Michael Jordan e Scottie Pippen certamente não seria o mesmo sem as qualidades técnicas de Rodman. Ao lado dos companheiros, foi tricampeão consecutivo pela franquia de Illinois, em 1996, 1997 e 1998. Além disso, ‘The Worm’ já havia faturado dois troféus com o Detroit Pistons.
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Embora tenha sido um exímio jogador (e que ainda receba pouco crédito por tal), Dennis era, de igual maneira, um astro fora da bolha esportiva. No entanto, ele trilhou um longo caminho até ter o devido reconhecimento. O ex-ala-pivô enfrentou um início de vida difícil, com o pai ausente, o que levou o craque a trabalhar desde cedo e pensar no esporte somente depois.
Após conquistar os títulos consecutivos com os Pistons, o técnico Chuck Daly, quem Dennis via como um pai, foi dispensado devido ao processo de reformulação da franquia. Perdido, pressionado e triste, ele pegou a sua caminhonete e estacionou em frente ao The Palace of Auburn Hills, com um rifle ao seu lado. Segundo John Salley, seu colega em Detroit, à época, The Worm planejava um suicídio.
Felizmente, ele adormeceu escutando Pearl Jam e, depois, foi encontrado por policiais. Mesmo quando já estava consolidado na NBA, sua personalidade e estilo, repleto de tatuagens, piercings e cabelos coloridos, incomodava o público. Quando seu nome foi anunciado no All-Star Game de 1992, os presentes vaiaram. Rodman chorou e questionou o repórter porque as pessoas o odiavam tanto.
Inspirado no personagem Simon Phoenix após assistir ao filme “O Demolidor”, Dennis buscou uma personalidade forte o suficiente para encobrir o seu sofrimento pessoal. Dessa forma, ele trilhou uma vida guiada pela filosofia da autenticidade, sem se importar com a opinião alheia e, muito menos, com a sua imagem desenhada pela imprensa.
Essa perspectiva transparecia principalmente no seu vestuário. As roupas de Dennis Rodman ganhavam (e ainda ganham) destaque com animal prints, croppeds, brilho, cores vibrantes e acessórios. Aliás, ele busca desafiar os estereótipos de gênero e explora todas as possibilidades da moda, inclusive com esmaltes, vestidos e outras peças determinadas socialmente como ‘femininas’; o craque também já se montou como drag queen mais de uma vez.
Uma das ocasiões ficou muito marcada na vida do jogador: quando, em 1996, ele disse ser bissexual e decidiu se casar consigo mesmo, vestido de noiva, maquiado e com uma peruca loira. O evento visava promover a autobiografia do atleta, “Bad As I Wanna Be”. O livro ficou na lista de mais vendidos do The New York Times por quatro meses.
Sua vida amorosa e sexual era bem agitada e ficou conhecida pelos relacionamentos com as artistas Carmen Electra e Madonna. Rodman tem três filhos: Alexis, ‘DJ’ e Trinity. DJ decidiu seguir os passos do pai no basquete, enquanto Trinity foi um dos grandes destaques na última Copa do Mundo Feminina pela seleção norte-americana.
O ex-Chicago Bulls seguiu conectado ao basquete, marcando presença em eventos e estando ativo em lutas relacionadas à modalidade. Em 2022, ele se ofereceu para ir até a Rússia libertar Brittney Griner, campeã da WNBA que foi presa devido ao porte de óleo de Cannabis. Ainda em sua veia diplomática, Dennis é amigo de Donald Trump e Kim Jong-un e pediu para ambos acalmarem os ânimos quando os EUA e a Coreia do Norte apresentaram conflitos mais diretos.
