Ex-Fluminense, Alexandre Gama abre o jogo sobre trabalho de Diniz
Sportbuzz
O técnico Alexandre Gama também é um dos apreciadores do trabalho de Fernando Diniz no Fluminense. Em entrevista exclusiva ao SportBuzz, o treinador, que fez sucesso nas categorias de base e já trabalhou no time principal do Tricolor carioca, avaliou o desempenho da equipe na atual temporada do futebol brasileiro.
Hoje comandando o Daegu FC, da Coreia do Sul, Gama relembrou sua passagem importante na base do Flu e apostou que o time de Diniz pode faturar um título em 2022. O Tricolor ocupa a terceira colocação do Brasileirão e segue vivo por uma vaga nas semifinais da Copa do Brasil ao vencer o Fortaleza no jogo de ida das quartas de final.
“O Fluminense está fazendo um grande ano. Está bem colocado [no Brasileirão], tendo consistência na competição e com uma sequência de invencibilidade, além de manter o padrão e não ter jogadores machucados. Eu espero que o time conquiste algum título”, disse Alexandre, que ainda avaliou o trabalho de Diniz:
“Acompanho o Fluminense. Hoje, o Diniz está muito bem e é [o técnico] mais falado do Brasil. Praticamente uma unanimidade. No começo, eu não gostava muito do jeito dele e achava que o seu trabalho uma ideia boa, mas que não era muito flexível. Agora dá para ver que ele deu um equilíbrio maior no trabalho, explorando muito bem a marcação com pressão, a compactação e consegue seguir com as ideias dele. Ele está evoluindo e o time cresceu com ele”, afirmou ao SportBuzz.
O treinador da equipe coreana ainda avaliou a situação de seu atual clube, que luta contra o rebaixamento na K-League (Campeonato da Coreia do Sul). Por outro lado, o Daegu FC segue vivo nas oitavas de final da Liga dos Campeões da AFC e na semifinal da FA Cup da Coréia do Sul. Para ele, estas competições podem “salvar o ano” do time.
“É uma temporada abaixo do que eu esperava. Não está sendo uma temporada como eu imaginava. A gente está empatando muito na competição. Ficamos 17 jogos sem perder, mas foram muitos empates - que numa competição de três pontos não faz a gente andar. Tivemos muitas contusões também, o plantel ficou muito curto e ficamos um pouco para trás. Agora tentamos nos recuperar, mas não é um bom momento para o time”, disse.
“Hoje espero terminar numa posição razoável na K-League. Não temos mais chances de título, e para chegar nas primeiras colocações está difícil. Estamos vivos nas quartas de final da Champions League [da Ásia] e na semifinal da FA Cup da Coréia do Sul, que é o que pode salvar o ano pra gente, mas é importante se recuperar na K-League para que não haja surpresas desagradáveis”, completou.
Alexandre Gama comandará Daegu FC no próximo sábado, 13, às 6h (de Brasília), no confronto contra o líder Ulsan Hyundai, fora de casa, pela K-League. Nesta quarta-feira, 10, a equipe do treinador brasileiro foi derrotada por 1 a 0 pelo Gangwon, também longe de seus domínios.
OUTRAS RESPOSTAS
Passagem pelo Fluminense
“Foi boa. Comecei na base e conquistei todos os títulos possíveis lá. Fiz um trabalho muito bom e consegui revelar jogadores. Depois tive a oportunidade de ser auxiliar do técnico permanente profissional por muitos anos. Quando tive a chance de assumir a equipe principal, tirei o time da 19ª para a 9ª colocação [do Campeonato Brasileiro de 2004], conquistando a classificação para a Sul-Americana.”
Pensa em retornar ao futebol nacional?
“A gente sempre pensa em voltar ao futebol brasileiro. Eu sonho um dia em voltar ao Fluminense. Hoje estou consolidado na Ásia, mas há um carinho pelo Fluminense. Claro que se houver uma proposta boa de qualquer time eu volto, para mostrar aos torcedores brasileiros que a gente tem condições de trabalhar no Brasil.”
Ainda pensa no mercado asiático?
“Como o meu nome ficou forte na Ásia, eu recebo propostas de outros países e acho que vai acabar acontecendo [ir para outros mercados]. Eu gosto muito do Japão, é um sonho que eu tinha, e também gostaria de voltar para o futebol árabe. Eu não descarto nenhuma possibilidade.”
Passagem pelo futebol tailandês e seleção:
“Eu fui muito feliz no futebol tailandês. A minha passagem foi de quebrar todos os recordes, de fazer uma carreira bem consolidada lá; fiquei oito anos e ganhei 14 títulos. Conquistei tudo o que dava para ganhar em diversos clubes. Fiz história em todos os clubes e consegui chegar na Seleção. Todos os objetivos que eu tinha eu conquistei. Bati os recordes: me tornei o maior treinador em títulos no país. A Tailândia está sempre em meu coração e um dia eu vou voltar. Isso é certo.”