Fórmula 1: FIA revê segurança para 2023 após acidente de Zhou
Sportbuzz
A Fórmula 1 vai passar por mais um rigoroso processo de reformulação na segurança para a próxima temporada. Isso porque a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), utilizou o intervalo entre os GPs da Áustria e o da França para confirmar, depois da reunião do seu comitê técnico de consulta, realizado na última quinta-feira, 14, alterações no santantônio.
A peça vai passar por um processo de reforço causado por conta do acidente envolvendo Guanyu Zhou no GP da Inglaterra. Na oportunidade, o santantônio, que protege a cabeça dos pilotos, acabou rachando e se desfazendo no momento do impacto durante a largada da prova, que foi realizada no dia 3 de julho.
Naquele mesmo dia, Zhou e mais cinco pilotos acabaram se envolvendo em dois acidentes que fizeram com que a prova fosse interrompida por uma hora. O carro do chinês capotou bem na largada, sendo arrastado por vários metros pela caixa de brita, decolando e quase acertando a arquibancada, parando somente quando chegou no vão entre a grade e a barreira de pneus.
"O Comitê discutiu o grave acidente envolvendo Guanyu Zhou em Silverstone. As equipes confirmaram sua disponibilidade para introduzir medidas mais rigorosas no santantônio para 2023, e a FIA se comprometeu a concluir as análises relevantes e comunicar às equipes novos requisitos para a segurança do santantônio", informou a Federação Internacional de Automobilismo.
No acidente, Zhou acabou sendo protegido pelo Halo, barra de titânio que aguenta até 12 toneladas de impacto e está em volta da parte externa do cockpit dos carros. Apesar disso, o santantônio de sua Alfa Romeo em si se desfez logo no primeiro contato do monoposto, quando ainda virado no asfalto.
Vale destacar, inclusive, que o Halo passou por mudanças entre a temporada 2021 e 2022 para ter a sua resistência reforçada, depois que outros graves acidentes que foram sofridos por Romain Grosjean durante o GP do Bahrein de 2020 e por Lewis Hamilton no GP da Itália do ano passado.
Nesse sentido, a barra de titânio foi o que impediu que a cabeça de Zhou batesse no chão. De acordo com a Fórmula 1, uma das hipóteses levantadas para esse erro no dispositivo é o design da peça da equipe italiana, que possui uma estrutura afiada na parte de cima, modelo esse que foi abandonado pelas equipes nos últimos anos.
"A última vez que estive envolvido em um projeto que executou um santantônio como esse, acho que foi em 2011. Lembro-me das razões para isso (o abandono do design), e elas eram específicas", comentou o diretor-técnico da AlphaTauri, Jody Egginton, que esteve presente durante a reunião da FIA.