Fórmula 1: Wolff fala em 'tensão respeitosa' entre Hamilton e Russell
Sportbuzz
A Fórmula 1 está podendo acompanhar a boa dupla da Mercedes, Lewis Hamilton e George Russell. Ainda que eles estejam sendo coadjuvantes no Mundial, sem disputar vitórias e o título, Toto Wolff contou que não espera que haja uma rivalidade muito grande entre eles como a que precisou controlar com Nico Rosberg.
"Quando nossos objetivos passarem a ser vencer corridas e campeonatos, poderei dizer se o respeito que vejo hoje entre os dois continuará sendo um fator predominante. Apostando alto, será natural ter um pouco de tensão, mas se as pessoas se respeitarem e valorizarem, nunca irá além do que é permitido", disse Wolff, ressaltando que atritos podem acabar surgindo.
Vale lembrar que Hamilton e Rosberg brigaram por três temporadas para ver quem iria ficar com o título da Fórmula 1, sendo que o atual heptacampeão levou a melhor em 2014 e em 2015 e perdeu para o companheiro em 2016. Essa rivalidade foi tão forte que terminou com a forte amizade de infância entre eles, e ambos chegaram a receber cláusulas em seus contratos que proibiam disputas mais acaloradas.
Depois que o alemão se aposentou, Valtteri Bottas chegou como seu substituto, mas esteve longe de chegar no mesmo nível com o atual colega de equipe, com o qual sempre prezou por manter uma relação mais amistosa. Como ele saiu para dar lugar a George Russell, a expectativa de um choque entre o heptacampeão e um jovem começou a pegar muitos da categoria.
No entanto, ainda que a própria Mercedes reconheça que errou na forma como administrou a briga interna, e esteja se preparando para manter a harmonia entre Hamilton e Russell, esses esforços ainda não foram precisos. Além de terem se desentendido, os pilotos também foram surpreendidos por um carro com desempenho bem aquém do esperado na temporada 2022.
Por conta disso, ao invés de estarem brigando entre si para ver quem fica nos primeiros lugares nas classificações e nas corridas, Hamilton e Russell estão mais preocupados com o W13, o carro da Mercedes para 2022. A dedicação de ambos fez com que a disputa por pódios se tornasse uma realidade até o fim da primeira metade da temporada.
"O maior adversário de George e Lewis foi o carro, não o próprio companheiro de equipe ou outros pilotos. Isso foi benéfico em alguns aspectos; eles usaram diferentes soluções e ajustes, até demais, com o objetivo de trocar feedbacks e informações para sair da situação que vivemos", analisou o chefe da Mercedes.