Lincoln, do Cruzeiro, relata injúria racial durante festa em condomínio
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Nesta quinta-feira, 15, o atacante Lincoln, do Cruzeiro, trouxe à tona uma acusação de injúria racial feita por ele contra o representante de um condomínio localizado na região de Serra, no Espírito Santo. No processo movido contra o rapaz, o jogador afirmou ter sido vítima do crime ao lado dos pais e deu detalhes sobre o episódio.
Para começar a história, Lincoln estava no local no dia 27 de dezembro do ano passado. De acordo com as informações divulgadas pelo site “GE”, o episódio veio à tona apenas neste momento por conta de algumas movimentações bancárias feitas pelo jogador relacionadas ao processo contra o representante da associação de moradores do condomínio.
Ainda segundo a publicação, Lincoln se envolveu na polêmica após ser denunciado pelos demais moradores do local por conta do som alto durante uma festa. O jogador afirma que cumpriu o horário determinado para o silêncio do condomínio, mas a versão de quem estava na confusão é diferente e afirma que o episódio aconteceu à 01h da madrugada.
Com o episódio instaurado, Lincoln afirmou que o representante da associação de moradores praticou injúria racial contra ele e seus pais. Em contato com o site “GE”, o acusado negou a acusação do atacante do Cruzeiro e afirmou ter sido ameaçado pela família do atleta durante a discussão por conta do som alto no condomínio capixaba.
“Esse senhor proferiu diversas palavras de cunho racista e discriminatório, provocando, humilhando, discriminando todos os presentes que ali estavam, familiares e amigos, em sua grande maioria negros e pobres, chamando-os de 'porcos', 'chiqueiro', 'negrinhos', 'favelados', 'gentalha', ameaçando tirá-los do condomínio”, relatou o pai de Lincoln durante trecho do depoimento trazido pelo site ‘GE’.
Diante de toda a confusão, Lincoln aguarda os próximos passos da investigação conduzida pela Polícia Civil, do estado do Espírito Santo. Vale destacar que o atacante do Cruzeiro realizou um acordo com a Promotoria do caso e definiu que o processo não seguirá para a vara criminal. Assim, o episódio fica a cargo das autoridades policiais.
VERSÃO DO ACUSADO!
“O fato foi no dia 28 de dezembro de 2021, mas em julho, quando eles receberam a intimação da audiência que aconteceria em setembro, fizeram um boletim de ocorrência alegando que pratiquei injúria racial. Por que não fizeram no mesmo momento em que eu estive lá? (...)”. [Nego] completamente [as injúrias]. Palavras das quais eu tenho vergonha até de ouvir. Nunca as pronunciei e não me dizem respeito. Eu vim de origem humilde, tenho práticas boas no dia a dia, na minha vida e junto da associação, junto com a própria associação de moradores”.