Presidente da CBF vai propor perda de pontos em casos de racismo
Sportbuzz
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, irá propor punições esportivas para times que forem relacionados a casos de racismo a partir de 2023. Segundo o "Globo Esporte", a ideia será anunciada no Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, que acontecerá nesta quarta-feira, 24, e fará parte de uma série de ações de combate ao preconceito no país.
Para o seminário, estão confirmadas as presenças de diversas personalidades, como o cantor Gilberto Gil, que irá se apresentar em uma espécie de cerimônia de abertura. Além dele, o presidente do senado, Rodrigo Pacheco e o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez também estão confirmados no evento, que acontecerá na sede da entidade.
"O evento é um marco para o início de uma série de iniciativas que vão discutir de uma forma mais profunda o combate ao racismo e à violência no futebol. É um gesto histórico para dar um basta contra o racismo e a ignorância no futebol. Além do evento, vamos fazer uma série de ações nos estádios nesta semana para conscientizar o torcedor. Chega de discriminação", comentou o presidente.
Após o anúncio, o presidente terá de levar a proposta ao Conselho Técnico, que é formado pelos representantes dos clubes que participam das competições nacionais no ano indicado. Todo ano eles aprovam o regulamento dos campeonatos da CBF e mudanças como a implantação do árbitro de vídeo, que aconteceu a partir do Brasileirão de 2019.
Segundo o fundador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Marcelo Carvalho, o número de casos de racismo no futebol brasileiro mais do que dobrou de 2020 para 2021 e este ano também se tornaram públicos diversos casos durante as competições, principalmente na Libertadores. Apesar disso, os números oficiais de 2022 não foram divulgados pelo mesmo.