Presidente da Conmebol faz comentário racista sobre clubes brasileiros

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“Seria como o Tarzan sem a Chita”, foi assim que o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, descreveu a Libertadores sem os clubes brasileiros. A declaração revoltou os brasileiros, e os clubes filiados à Libra exigiram uma retratação do cartola, que veio pouco depois, com uma nota publicada nas redes sociais. Domínguez se manifestou pedindo desculpas:
“Em relação às minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A CONMEBOL Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos 10 países membros.
Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a CONMEBOL. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de descriminação.”
Ainda assim, depois dos recentes casos de racismo envolvendo Luighi, a declaração do presidente de instituição que organiza o futebol sul-americano e que muitas não pune os envolvidos severamente, tem uma repercussão muito negativa no Brasil, entre torcedores e dirigentes.
Leila sugere o rompimento do Brasil com a Conmebol
Do mesmo modo, em entrevista à ‘TNT Sports’ nesta segunda-feira, Leila ainda sugeriu um possível rompimento dos clubes brasileiros com a Conmebol e uma possível filiação à Concacaf, federação de futebol da América do Norte:
“Temos que tomar medidas firmes com relação à Conmebol. O Brasil representa 60% da receita da Conmebol, e os clubes brasileiros são tratados dessa forma. Vou lançar até uma reflexão para todos nós: já que a Conmebol não consegue coibir esse tipo de crime. Já que a Conmebol não consegue tratar os clubes brasileiros com o tamanho que representam, por que não pensar em nós nos filiarmos à Concacaf?”
Leila afirmou que pretende discutir a ideia com os clubes brasileiros em uma reunião na CBF nesta quarta-feira: “Tenho uma reunião quarta-feira na CBF, para conversar com os clubes brasileiros que vão estar lá e com o presidente Ednaldo. Isso é uma semente para se plantar. Com certeza, financeiramente, para todos os clubes brasileiros, seria muito melhor.”
Apesar de a cartola ter falado com seriedade sobre a proposta, a mudança parece inviável. Questões geográficas, como a distância e as longas horas de viagem, impediriam a mudança. Além disso, há fatores burocráticos envolvendo a própria Concacaf, a Conmebol e a Fifa.
O caso
A polêmica começou durante uma partida entre Palmeiras e Cerro Porteño pela Libertadores Sub-20, quando um torcedor do clube paraguaio imitou um macaco em direção a Luighi. Os jogadores do Verdão denunciaram o ato à arbitragem, mas a partida seguiu normalmente.
Após o apito final, Luighi desabafou na entrevista de saída de campo, criticando a Conmebol por sua postura diante do ocorrido e também o repórter, que lhe perguntou sobre o jogo antes de abordar o caso de racismo.
A Conmebol determinou ao Cerro Porteño uma multa de 50 mil dólares, a realização de uma postagem nas redes sociais e a ausência de público na Libertadores Sub-20, competição na qual a equipe já está eliminada.


