Presidente do COB abre o jogo sobre desistência do "mentor" Joel Jota
Sportbuzz
O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Paulo Wanderley, finalmente quebrou o silêncio sobre a escolha do time de influenciadores para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. O nome mais polêmico com certeza foi do empresário Joel Jota, que também é ex-nadador e é considerado uma espécie de “charlatão” por atletas e ex-atletas olímpicos.
Na noite da última quarta-feira, 17, o anúncio do nome do coach foi dado durante um evento no Morro da Urca, na cidade do Rio de Janeiro, durante a celebração dos 100 dias restantes para a competição. A repercussão negativa foi enorme, tanto que o ex-nadador precisou renunciar ao cargo menos de 24 horas depois.
“Hoje está muito fácil, né, a gente falar rapidamente, instantaneamente, qualquer assunto, de qualquer forma. Emissão de opinião, liberdade de expressão, isso é uma coisa que veio para ficar e não tem como mudar. Eu, pessoalmente, não participei desse processo. Esse é um processo interno, das áreas que tratam do assunto, né, de convite às pessoas para fazerem a sua ação voltada para o esporte olímpico”, comentou Paulo Wanderley.
“Nessa área específica, não necessariamente de esportistas, assim como tem outros tantos que vão ser embaixadores, né, que não são do esporte em si. Então, o objetivo era apenas comentar, dentro do trabalho que eles fazem, sobre os Jogos Olímpicos. É isso que foi o objetivo inicial e principal e verdadeiro da ação que ele iria desenvolver lá”, completou o presidente do COB.
Paulo ainda disse que foi oficialmente comunicado da renúncia de Jota, que soube da notícia pela imprensa. Nos últimos anos, o ex-nadador ganhou notoriedade com seu trabalho como empresário e coach. Em sua biografia, exagerava em suas conquistas na natação, dizendo que já foi considerado “o melhor nadador do mundo”. Joel nunca defendeu a seleção brasileira em grandes eventos. Nas redes sociais, explicou a renúncia: “Tomei a decisão de renunciar o papel de padrinho do Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. Apesar de ter ficado muito feliz pelo convite, cheguei à conclusão que será melhor para mim e minha família que eu não participe mais como padrinho da delegação brasileira em Paris”.