Presidente do Santos revela suborno em jogo contra o Bragantino
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O presidente do Santos, nesta segunda-feira, 20, após o empate contra o Red Bull Bragantino, no Brasileirão feminino, convocou uma entrevista coletiva e revelou um caso de suborno. De acordo com Andrés Rueda, um funcionário do clube, que já foi detido internamente e demitido, teria entrado em contato com uma jogadora do Massa Bruta para alcançar uma combinação de resultados no primeiro tempo do confronto.
Segundo o presidente do Santos, que contou em detalhes do ocorrido, mas não revelou quem subornou a atleta do Red Bull Bragantino, a ideia era de que o Peixe conseguisse um resultado elástico já no primeiro tempo do confronto. Andrés Rueda confirmou que a atitude teria sido tomada com influência para um retorno de apostas.
"A gente teve um fato lamentável comprovadamente nesse fim de semana que talvez seja a cabeça de um iceberg do que está acontecendo no nosso futebol. Um funcionário do nosso clube, do futebol feminino, utilizando-se de um intermediário do Bragantino, tentou subornar uma jogadora do Bragantino para arranjar um resultado elástico já no primeiro tempo do jogo para efeito de apostas", afirmou.
O presidente do Santos ainda seguiu: "A alegação é de que o Bragantino já estava eliminado. A jogadora prontamente recusou a proposta e comunicou seus superiores, que têm uma relação muito forte com o Thiago, apresentando inclusive provas materiais, prints de conversas. Tão logo chegou ao nosso conhecimento, junto com o Thiago, a gente tomou algumas providências. Providências que tomamos de imediato: demissão por justa causa de todos os envolvidos. Oficiamos imediatamente a CBF, colocando as provas, os prints".
Arbitragem estaria envolvida no caso...
Andrés Rueda ainda revelou que aconteceram algumas coisas esquisitas com a arbitragem durante a partida entre Santos e Red Bull Bragantino no Brasileirão feminino. Segundo o presidente, existiram entregas de envelopes e ações suspeitas. O cartola, mais uma vez, se mostrou incomodado com o ocorrido no último domingo, 19.
"Tem uma passagem inclusive do início do jogo, um negócio no mínimo esquisito, um funcionário dando supostamente um envelope para a quarta árbitra (Adeli Mara Monteiro) na frente da juíza (Marianna Nanni Batalha), que tem de ser investigado. Avisamos a CBF. Abrimos um BO para apuração criminal dos fatos e estamos preparando todo um material para encaminhar para o Ministério Público. Não ficaremos contentes enquanto não apurarmos toda a podridão", explicou.
Não tenho condições de avaliar (se tinha arbitragem envolvida). A imagem é pública (do envelope sendo entregue). E a gente passou essa imagem, tudo isso, também para a CBF, para a polícia, para investigarem", finalizou.