Roubos aos jogadores crescem na Europa e deixam grandes clubes em alerta
Sportbuzz
Carros de luxo, celulares, dinheiro, roupas e até mesmo uma medalha da Champions League já foram levados das casas de alguns jogadores de futebol dos principais clubes da Europa. Os crimes estão cada vez mais frequentes e são cometidos por grupos criminosos altamente especializados no assunto. O que complica é que o número de casos solucionados pelas polícias locais são baixos.
Em um levantamento feito pelo “GE”, mais de 50 casos já aconteceram desde dezembro de 2018. Alguns atletas de clubes como Paris Saint-Germain, Barcelona, Real Madrid e Manchester City, principalmente muitos brasileiros, já foram vítimas dos acontecimentos. Poucos conseguiram seus pertences de volta e a maioria adotou adotou pequenas e grandes mudanças em seu estilo de volta, na busca de mais segurança para suas famílias e pessoas próximas.
O caso mais recente entre os brasileiros foi do meio-campista Joelinton, do Newcastle, da Inglaterra. A casa do jogador foi alvo de três criminosos em janeiro, enquanto o meia estava no estádio St. James Park, acompanhando o duelo de seu time contra o City. Até o momento, os oficiais locais não compartilharam nenhum avanço na investigação.
Pouco tempo antes, Jack Grealish também teve sua casa roubada, enquanto estava em campo contra o Everton, em Liverpool. Familiares e sua namorada, Sasha Attwood, estavam na residência na hora. Os criminosos levaram joias e relógios, dando um prejuízo de mais de R$6 milhões para o atacante da Inglaterra. O aumento desse tipo de crime no país virou pauta entre os jogadores do Citizen e o treinador Pep Guardiola, que revelou ter recebido orientações do clube no meio do ano passado.
Segundo o levantamento do “GE”, o país com mais assaltos a jogadores por enquanto é a Espanha, com 23. Em seguida, a França, com 14, depois a Inglaterra, com 11, Portugal, com quatro, e por fim, a Itália, com três. Alemanha e Grécia também possuem acontecimentos parecidos, com somente um.
A Globe Initiative é uma organização independente dedicada a encontrar novas estratégias contra o crime organizado. Fujona Mejdini, diretora do Observatório para o sudeste da Europa da GITOC, não acredita que exista uma rede conectando todos os roubos. Mas destaca o nível de especialização dos criminosos. “Roubos desse tipo são um tipo de especialização do crime. Há tradição, preparação contínua, investimento para ser melhor tecnicamente a cada geração. O que vemos agora na Europa é especialização no que fazem. E há o elemento da transnacionalidade do roubo: você se especializa num lugar, mas vai para outro cometer o crime”, afirmou.