Sampaoli abre o jogo sobre recusa ao Palmeiras
Sportbuzz
O técnico Jorge Sampaoli abriu o jogo sobre o convite para comandar o Palmeiras no fim de 2019. Em sua participação no programa “Bem, Amigos!”, do SporTV, nesta segunda-feira, 23, o treinador argentino afirmou que a recusa ao cargo se deu por “falta de condições” do time alviverde na época, que tinha o Flamengo como principal adversário.
“Sobre o Palmeiras, tive reunião com o presidente (Maurício Galiotte), mas naquele momento, se ficasse no Brasil era pra ganhar do Flamengo e entendi que não estava nas condições que eu necessitava e acabou não tendo acordo”, afirmou Sampaoli, que tem passagens por Atlético-MG e Santos no futebol brasileiro.
Em março de 2020, o treinador assumiu o comando técnico do Galo para substituir o recém-demitido Dudamel. No clube paulista, quem ocupou o cargo foi Vanderlei Luxemburgo, que não encerrou a temporada e deu lugar ao português Abel Ferreira, atual treinador que levou o Verdão aos dois títulos consecutivos da Libertadores, além de uma Copa do Brasil, um Campeonato Paulista e uma Recopa Sul-Americana.
Sampaoli está sem clube desde sua saída do Olympique de Marselha, em julho deste ano, por divergências com a diretoria do time francês. Ele chegou a entrar na mira do Santos, mas não cogitou retomar ao futebol brasileiro; o Peixe acertou a vinda de Lisca. “Sim, falei com o presidente novo e disse que neste momento não podia porque não era o momento. Santos sempre é uma cidade que me tratou muito bem, me senti muito querido e guardo muito carinho”, afirmou o argentino.
Sampaoli faz revelação sobre saídas de Atlético-MG e Santos
Antes de comentar sobre o Atlético-MG, Jorge Sampaoli tentou explicar o que aconteceu para a sua permanência não ter acontecido no Santos. Apesar de ter se identificado rapidamente com todo o elenco, clube e torcedor, a sua relação com José Carlos Peres não era das melhores. Segundo o técnico, o ex-presidente santista não pôde oferecer o que ele precisava para alavancar ainda mais o Peixe.
Minha exigência é que precisamos dar passos certos no processo. No Santos, era muito difícil continuar porque havia diferenças com o presidente. Lá, não havia nenhuma possibilidade de melhorar. Não faria sentido trabalhar mais um ano sem possibilidade de melhora”, afirmou. Depois disso, Sampaoli abriu o jogo em relação a sua saída do Atlético-MG rumo a Europa.
Segundo o ex-técnico do Galo, na época, o clube estava iniciando um processo de reconstrução para brigar de igual para igual com o Flamengo e Palmeiras. No entanto, Sampaoli contou que não conseguiu criar um grande vínculo com a torcida e isso o fez ter mais dificuldades. Aliado a todos esses fatores, a procura do Olympique de Marselha o fez aceitar o desafio de retornar para a Europa.
“Tive uma conversa com o Rodrigo Caetano. Falamos de Nacho, Hulk... a ideia era competir com Flamengo e Palmeiras. Para isso, precisávamos dar um salto muito mais ambicioso. Eles vieram, mas naquele momento, chegou o convite do Marselha e a possibilidade de voltar para a Europa. Com o Atlético-MG, tive pouca identidade com a torcida justamente pela pandemia. Foi um ano muito atípico. Cheguei com o estadual já iniciado”, finalizou.