Será que John Textor também dispara contra a arbitragem no exterior? Veja!
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O empresário norte-americano John Textor vem chamando muita atenção ao disparar fortes declarações contra a arbitragem brasileira. Na última segunda-feira, 1, por exemplo, o dono da SAF do Botafogo afirmou possuir provas de que o Palmeiras vem sendo beneficiado a dois anos, acusando ainda cinco jogadores do São Paulo de manipularem a derrota por 5 a 0 para o rival alviverde durante o Campeonato Brasileiro de 2023. Entretanto, o dirigente segue apenas falando, sem apresentar nenhuma das tais evidências.
A postura de Textor não é novidade, visto que aborda o assunto desde a vergonhosa virada do Glorioso para o Verdão, um dos principais pontos que culminou na perda do título para os cariocas. Tudo começou com uma produção de um suposto relatório que havia indicado que o Botafogo deveria ter 21 pontos a mais que o Palmeiras. Entretanto, o documento foi arquivado pelo STJD, irritando o norte-americano, que desde então deseja enviar evidências somente para a Justiça Comum.
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Textor é dono da Eagle Football, rede multiclubes que engloba, além do Glorioso, o Crystal Palace, da Inglaterra, o Lyon, da França, e o RWD Molenbeek, da Bélgica. Mas será que a postura ameaçadora do empresário se repete fora do Brasil? O norte-americano fez críticas ao Campeonato Francês e à Premier League, mas raramente toca no assunto de arbitragem, se contentando somente com as críticas pontuais sobre lances específicos. A maioria destes apenas em redes sociais, nunca com notas oficiais.
A principal bronca de Textor desde que assumiu o Lyon é sobre a competitividade da Ligue 1, visto que o Paris Saint-Germain arrematou oito dos últimos 10 torneios franceses. Em agosto de 2022, o empresário tentou bater de frente com os atuais campeões. “Eu acredito que as regras vão mudar. É como se o PSG fosse o único time francês, para quem vê de fora, mas eu sei que não é verdade. Para ser mais igual, temos que achar jogadores que eles não conseguem achar, aumentar nossas receitas e pagar mais. As pessoas não gostam de ver o mesmo campeão sempre”, afirmou.
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No começo de março, durante uma entrevista para a “World Football Summit”, uma feira de negócios em Londres, Textor foi mais incisivo sobre o assunto. “Quem vai se interessar pelo Campeonato Francês e assistir na TV se soubermos quem vai ganhar? Todos estão lutando pelo segundo lugar, é o mesmo time que vence todos os anos. Outros clubes estão competindo com o governo, não com uma empresa privada. Eu digo ao Nasser (Al-Khelaifi, presidente do PSG): "Alguém está se divertindo? Por que você gosta disso?”, disparou.
Ainda no mesmo evento, aproveitou para criticar as regras financeiras da Premier League, que, em sua opinião, prejudicavam os clubes de menores receitas. “É claro que elas são construídas para garantir que os clubes que não geram receitas significativas não consigam recuperar o atraso. Não importa se você tem um bilhão de dólares em dinheiro em um carrinho de mão. Você não tem permissão para gastá-lo. Isso faz algum sentido? Evangelos Marinakis (dono do Nottinhgham Forest) tem muito dinheiro para financiar sua equipe, mas não tem permissão para fazê-lo. Se ele gasta muito e faz o que a torcida quer, alguém aparece e tira seus pontos. Isso não está certo”, comentou.
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Pelas regras de sustentabilidade do campeonato da Inglaterra, os times podem perder no máximo 105 milhões de libras (R$666,2 milhões, na cotação atual) em um período de três anos. Por quebrar tais regulamentos, Everton e Nottingham Forest perderam 6 e 4 pontos, respectivamente, na atual temporada.