Sport investiga vazamento de dados em meio a ameaças aos torcedores
Sportbuzz
Em meio a suspeita de vazamento de dados, diversos torcedores do Sport, sendo eles sócios ou não sócios, denunciaram o recebimento de e-mails com ameaças. O acontecido desta segunda-feira, 26, se aproxima de um golpe cibernético e é de preocupação do clube, que já se posicionou sobre.
Após a repercussão, o Sport já iniciou a investigação da procedência dos e-mails, por meio da vice-presidência de tecnologia. A comunicação do clube rubro-negro publicou uma nota oficial sobre o ocorrido e as medidas a serem tomadas. “O Sport relata surpresa e registra que todos os dados, há no mínimo cinco anos, são geridos pela plataforma que presta serviços ao Clube, tanto na Secretaria Social (planos de sócios), quanto no sistema de vendas de ingressos”, disse o clube, em nota oficial.
O rubro-negro informou que os dados são geridos pela plataforma terceirizada que trabalha para o clube, que está ajudando na investigação do caso. Além de adotar medidas legais e judiciais para a denúncia, o time de Recife solicitou relatório e descritivo dos procedimentos de segurança, conforme as normas da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
“Paralelamente a isso, o departamento jurídico do Sport informa que já está adotando as medidas legais e judiciais para denúncia do fato ocorrido perante a autoridade competente, visando o célere elucidamento dos fatos relatados”, assegurou. O rubro-negro reforçou o intuito de proteção ao torcedor: “Por fim, o Clube reforça que vai envidar todos os esforços necessários para proteger e atender aos interesses dos torcedores”, finalizou.
O conteúdo dos e-mails, publicados prints nas redes sociais, é em tom ameaçador. “Este é o primeiro e único aviso, pois isto não se trata de uma negociação e sim de um acordo, cumpra a sua parte e eu farei a minha”, avisava. “Há cerca de seis meses, eu obtive sucesso em invadir todos os seus dispositivos vinculados com a sua conta de e-mail, e logo comecei a monitorar as suas atividades na internet”, dizia o hacker, além de descrever o processo da coleta ilegal de dados.
As mensagens também diziam capturar “material obsceno” das vítimas por meio de suas atividades na internet, com uma chantagem de valor de R$3 mil equivalente em bitcoin (criptomoeda). Caso houvesse o pagamento, o material seria deletado. Os e-mails foram enviados por usuários diferentes e incluíam o nome completo e o CPF da vítima.