Tatiana Weston-Webb abre o coração sobre inspiração feminina no surfe
Sportbuzz
Principal surfista feminina do Brasil, Tatiana Weston-Webb é a capa digital de dezembro do SportBuzz. Em entrevista exclusiva em nosso estúdio, a gaúcha falou sobre carreira, o ouro conquistado no Pan-Americano de Santiago e projetou Paris 2024.
Única brasileira na elite do surfe mundial, Tati foi a primeira surfista do país a confirmar a vaga para a edição olímpica da França. No próximo ano, ela disputará pela segunda vez na carreira os Jogos Olímpicos, já que esteve também na estreia da modalidade em Tóquio 2020.
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Confira a entrevista na íntegra:
Tatiana sempre apresentou leveza fora das competições de surfe. No entanto, a situação muda quando o assunto é dentro da água. A brasileira comentou como trabalha esse equilíbrio entre ser tranquila e bastante competitiva.
“Em qualquer coisa na vida, o balanço é muito importante. Eu não sei se é algo natural, mas as pessoas sempre me veem sorrindo e acho muito engraçado. Eu amo surfar, então, quando eu estou me divertindo, eu sorrio ali mesmo na onda. Isso é transmitido para o público. E ainda bem!”, começou Tati.
A gaúcha abriu o coração sobre o atual momento da carreira e fez uma projeção para a temporada de 2024 da WSL. Apesar dos desafios, ela se mostrou preparada para o próximo ano competitivo.
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A vaga para Paris 2024 foi confirmada pela Associação Internacional de Surfe (ISA) pelo critério de posição do ranking. Na época, ela era a quinta colocada do mundo, e as oito primeiras eram do Championship Tour da WSL.
Apenas 18 atletas de seis nacionalidades integram a elite do surfe, mas apenas duas de cada país poderiam se classificar aos Jogos Olímpicos. Por isso, Tati confirmou a classificação matemática.
Estou super orgulhosa por conquistar a primeira vaga para Paris. Estou feliz por conseguir representar o meu país mais uma vez. Vou fazer de tudo para ir atrás dos meus sonhos, e um deles é conquistar a medalha [olímpica]”, afirmou Tati.
A brasileira foi campeã dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, em 2023. A modalidade fez sua estreia na competição continental e teve Tatiana no lugar mais alto do pódio.
“Nunca realizei o quão importante era ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, como nas Olimpíadas. Foi super importante competir e ganhar, me fez sentir uma motivação extra”, disse.
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Dentro do cenário nacional, a principal surfista feminina do país analisou: “Tem bastante pressão ser a única brasileira competindo no circuito mundial, mas sei que isso é de muita importância para as mulheres brasileiras. Isso faz parte da evolução do nosso esporte. Espero estar inspirando-as a surfar”.