Wolff, chefe da equipe de Lewis Hamilton, diz que não há racismo na F1
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Toto Wolff, chefe de equipe da Mercedes na F1, abriu o jogo sobre o racismo na instituição. O comandante austríaco revelou não ver discriminação racial no ambiente automobilístico e diminuiu o impacto das falas de Nelson Piquet e Bernie Ecclestone. No caso do brasileiro, os enunciados faziam referência direta a Lewis Hamilton, piloto da própria equipe de Wolff, o único negro na história do grid.
“Não vejo qualquer racismo no atual estado da Fórmula 1. Eu chamaria alguns de meus colegas de [vários] adjetivos, mas não racistas”, disparou Wolff. “Um tem 80 [anos] ou o que quer que seja e o outro tem 105” completou, exagerando as idades de Piquet, que tem 70 anos, e de Ecclestone, que soma 91, sugerindo que suas opiniões não sejam relevantes para a geração mais recente.
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As afirmações de Toto vão no sentido contrário à posição oficial da Mercedes na época em que as sentenças homofóbicas e racistas de Piquet ganharam repercussão. A equipe, juntamente com Lewis, anunciou medidas de apoio e inserção da população negra no cenário esportivo. Além disso, o piloto britânico mencionou mais de uma vez a discriminação que sofre no automobilismo e defende diariamente o ativismo antirracista dentro e fora das pistas.
LUGAR DE FALA
Hamilton e Nelson Piquet foram alvos de uma grande polêmica em junho deste ano. Uma fala do ex-piloto viralizou na internet, pois o brasileiro é flagrado chamando o heptacampeão mundial de "neguinho". A declaração mexeu com o mundo do automobilismo e Lewis havia voltado a se pronunciar sobre o racismo no mundo e também no esporte:
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Eu tenho sido alvo de racismo e narrativas negativas e arcaicas e tons de discriminação. Não sei por que continuamos a dar uma plataforma a essas pessoas mais velhas [...]. Essas vozes antigas concordam subconscientemente ou conscientemente que pessoas como eu não deveriam estar no esporte. Precisamos mais do que nunca unir as pessoas. Não ajudam os comentários que estamos vendo dessas pessoas".
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