1 em cada 5 jovens brasileiros sofre com transtornos alimentares
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Anamaria
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Atualmente, cerca de 1 em cada 5 jovens brasileiros enfrenta transtornos alimentares, segundo uma pesquisa internacional realizada em 16 países. A psicóloga Lorena Marques, especializada em psicanálise e integrante da rede Unimed Cerrado, destaca a importância de discutir esse tema.
“Os transtornos alimentares são complexos e envolvem não apenas a relação com a comida , mas também com a imagem corporal e questões emocionais profundas”, alerta a especialista.
O que são os transtornos alimentares?
Os transtornos alimentares mais comuns incluem a anorexia, bulimia e transtorno de compulsão alimentar. Lorena explica: “Na anorexia, a recusa em comer vem acompanhada de um medo intenso de engordar, além de uma distorção da imagem corporal. Na bulimia, episódios de compulsão alimentar são seguidos por tentativas de expulsão, como vômitos induzidos. Já a compulsão alimentar é caracterizada pelo consumo excessivo de alimentos, frequentemente devido a questões emocionais.”
Outro aspecto importante é a obesidade, que também se encaixa nesse quadro de transtornos alimentares. “É essencial não tratar a obesidade apenas como uma condição médica, mas como um reflexo de questões emocionais que precisam ser compreendidas, para que se possa lidar com os fatores psíquicos subjacentes”, enfatiza Lorena.
Fatores de risco e vulnerabilidades
Os transtornos alimentares são causados por uma combinação de fatores genéticos, emocionais e sociais. A desigualdade social no Brasil agrava esse problema. “O acesso restrito a alimentos saudáveis e o consumo elevado de produtos ultraprocessados, devido ao custo e à falta de tempo, são fatores que contribuem para o aumento desses transtornos alimentares no país”, explica a psicóloga.
Além disso, a mídia exerce uma grande influência. Padrões de corpo irrealistas promovidos nas redes sociais podem causar uma comparação constante, principalmente entre os jovens , levando à insatisfação com a própria imagem.
“Alcançar um corpo ‘perfeito’, muitas vezes criado por filtros, é uma tarefa impossível e extremamente angustiante”, destaca a especialista.
Sinais de alerta
É fundamental estar atento aos sinais de transtornos alimentares, pois o tratamento exige uma abordagem multidisciplinar. Lorena aponta que preocupações excessivas com peso ou calorias, recusa a refeições, isolamento após comer, compulsão seguidas de comportamentos compensatórios (como vômitos ou uso de laxantes) e mudanças de humor são alguns sinais de alerta.
“É crucial promover a psicoeducação. Conversar sobre esses temas na escola ou em casa pode ajudar os jovens a reconhecerem sinais de transtornos alimentares e a buscar ajuda quando necessário”, afirma a psicóloga.
4 dicas para uma relação saudável com a comida
Lorena também sugere quatro dicas valiosas para ajudar na construção de uma relação mais equilibrada com a alimentação, mesmo em um cenário de tantos desafios:
- Pratique o autocuidado: dedique tempo para preparar refeições saudáveis e saborear a comida sem pressa;
- Evite comparações: lembre-se de que o corpo perfeito não existe. Celebre sua individualidade e cuide de si;
- Observe os sinais: esteja atento à maneira como você ou seus familiares lidam com a alimentação e a imagem corporal;
- Busque ajuda profissional: o tratamento eficaz exige o trabalho de uma equipe multidisciplinar, com psicólogos, nutricionistas e médicos.
“Os transtornos alimentares vão além de questões relacionadas à comida, refletindo dificuldades emocionais profundas. Reconhecer os sinais e buscar apoio especializado são os primeiros passos para transformar essa realidade”, conclui Lorena.
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