Alergia ou intolerância alimentar? Saiba como diferenciar as condições
Anamaria
Você sabe diferenciar alergia de intolerância alimentar? Essas duas condições podem parecer semelhantes, mas têm causas e sintomas distintos que exigem abordagens específicas para tratamento e gerenciamento. AnaMaria te explica como identificar cada uma delas!
A alergia alimentar ocorre quando o sistema imunológico reage de forma exagerada a uma proteína específica presente em um alimento. Essa reação pode desencadear sintomas imediatos e potencialmente graves, como urticária, inchaço, dificuldade respiratória e até anafilaxia.
É importante notar que a alergia alimentar é uma resposta do sistema imunológico e pode ser diagnosticada através de testes específicos. Por outro lado, a intolerância alimentar envolve uma resposta do sistema digestivo, em que o corpo não consegue processar corretamente certos alimentos.
"A alergia alimentar é uma resposta do sistema imunológico a certos alimentos, desencadeando uma reação adversa, muitas vezes grave", explica Julinha Lazaretti, bióloga e fundadora de uma marca de produtos hipoalergênicos.
"Por outro lado, a intolerância alimentar envolve uma resposta do sistema digestivo, em que o corpo não consegue processar corretamente certos alimentos, resultando em desconforto gastrointestinal", ela acrescenta.
Isso pode resultar em sintomas mais lentos e menos graves, como náuseas, cólicas abdominais e diarreia. Um exemplo comum é a intolerância à lactose, em que o corpo não produz a enzima necessária para digerir o açúcar do leite.
A intensidade dos sintomas de uma intolerância alimentar pode variar de pessoa para pessoa. Algumas pessoas podem ser capazes de tolerar pequenas quantidades de lactose, por exemplo, enquanto outras podem precisar evitar completamente alimentos que contenham lactose.
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Como diferenciar as condições?
A distinção entre alergia e intolerância alimentar muitas vezes está nos sintomas e na resposta do sistema imunológico. Enquanto a alergia alimentar causa sintomas imediatos e pode levar a reações graves, a intolerância alimentar tende a gerar sintomas mais brandos e de aparecimento mais lento.
O tratamento para cada condição varia significativamente. Para alergias alimentares, a principal abordagem é evitar completamente o alimento desencadeante e estar preparado para uma possível reação alérgica, incluindo o uso de medicamentos de emergência, como a epinefrina.
A alergia ao amendoim é uma das alergias mais perigosas e comuns. Junto a ela estão a alergia a ovos, frutos do mar, trigo e glúten, soja e determinadas frutas e vegetais como morangos, tomates, kiwi, entre outros.
Já no caso da intolerância alimentar, o foco está em controlar os sintomas através de estratégias como a limitação da ingestão do alimento problemático ou a suplementação de enzimas digestivas, quando aplicável.
Os testes para identificação da condição desempenham um papel fundamental na determinação da causa dos sintomas adversos, como é o caso dos cutâneos, como de puntura e intradérmicos, que podem detectar alergias alimentares comuns.
Julinha enfatiza a importância de uma abordagem multidisciplinar para ambos os casos, uma vez que, para alergias alimentares, é fundamental trabalhar em colaboração com um médico especializado em alergias.
Enquanto para intolerâncias, nutricionistas podem fornecer orientação sobre como ajustar a dieta para evitar os sintomas. "Um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado são essenciais para garantir uma qualidade de vida adequada e evitar complicações”, finaliza.
Saber diferenciar entre alergia e intolerância alimentar é essencial para um gerenciamento adequado das condições. Consultar um profissional de saúde é fundamental para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado, evitando complicações decorrentes dessas condições.