TIM News utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para personalizar a sua experiência e publicidade e recomendar conteúdo, de acordo com a nossa Privacidade . Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Aceitar
Home
Estilo de Vida
Incel e adolescência: os perigos da radicalização online e como proteger seu filho
Estilo de Vida

Incel e adolescência: os perigos da radicalização online e como proteger seu filho

publisherLogo
Anamaria
25/03/2025 21h00
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/16491170/original/open-uri20250325-17-1ut7t3c?1742936719
© Crédito: Lesli Whitecotton│Unsplash
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

A influência da internet na adolescência é inegável, mas algumas correntes digitais podem representar sérios riscos. A série Adolescência, da Netflix, ilustra bem como o ambiente virtual pode moldar o comportamento dos jovens, inclusive de forma destrutiva. A cultura incel é um exemplo disso: um movimento que, embora tenha começado como um espaço de apoio, foi deturpado e hoje promove discursos de misoginia e radicalização. Mas como isso pode impactar adolescentes e o que os pais podem fazer para evitar esse perigo?

O que é a cultura incel?

O termo incel vem do inglês “involuntary celibacy” (celibato involuntário). Ele descrevia inicialmente pessoas que se sentiam isoladas e com dificuldades em estabelecer relacionamentos românticos ou sexuais. No entanto, grupos predominantemente masculinos se apropriaram desse conceito e transformaram a frustração em um discurso de ódio contra mulheres e a sociedade moderna.

Os incels acreditam que apenas um pequeno grupo de homens considerados atraentes tem acesso a relacionamentos, enquanto eles seriam injustamente rejeitados. Esse pensamento distorcido os leva a culpar mulheres e a estrutura social por sua solidão, alimentando sentimentos de raiva, isolamento e vitimização.

Como a cultura incel afeta a adolescência?

A adolescência é um período de busca por identidade e pertencimento, tornando os jovens mais vulneráveis a ideologias extremistas. Através de fóruns e redes sociais, a cultura incel se dissemina silenciosamente, alcançando meninos que se sentem inseguros e rejeitados.

Muitos adolescentes que consomem esse conteúdo acabam internalizando crenças prejudiciais sobre relacionamentos, autoestima e gênero. Em casos extremos, essa exposição pode levar à radicalização, aumentando comportamentos agressivos e discursos de ódio.

Como proteger seu filho?

A melhor forma de prevenir o envolvimento de adolescentes com a cultura incel é através do diálogo e da educação digital. Veja algumas estratégias fundamentais:

  • Conversa aberta e sem julgamento: pergunte ao seu filho o que ele sabe sobre o tema e se já teve contato com conteúdos semelhantes. Estabeleça um espaço seguro para ele expressar medos e inseguranças.
  • Monitoramento transparente: acompanhe o que ele acessa online, mas sem criar um ambiente de desconfiança. Se necessário, utilize ferramentas de controle parental.
  • Educação sobre respeito e diversidade: explique a importância da empatia, da igualdade de gênero e do pensamento crítico para evitar discursos de ódio.
  • Estímulo à socialização offline: incentive participação em esportes, eventos culturais e atividades que promovam interações saudáveis e reforcem a autoestima.
  • Atenção à saúde mental: caso perceba sinais de depressão, ansiedade ou isolamento, busque ajuda profissional.

A internet é uma ferramenta poderosa, mas também pode ser um campo perigoso. Cabe aos pais e responsáveis orientar os adolescentes para que naveguem nesse universo de forma segura e consciente.

Leia também: 

Stealthing: entenda a prática que viola consentimentos e agora é considerada violência sexual pelo TJ-SP

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também