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Por que um cadáver pode se mexer? Entenda o caso do bebê que se mexeu no próprio velório
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Por que um cadáver pode se mexer? Entenda o caso do bebê que se mexeu no próprio velório

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Anamaria
23/10/2024 20h30
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Recentemente, o caso de um bebê de 8 meses que supostamente mexeu a mão durante o próprio velório, em Santa Catarina, gerou grande comoção e questionamentos. Embora um laudo cadavérico tenha descartado a possibilidade de sinais vitais durante a cerimônia, o episódio despertou a curiosidade sobre como, em raras ocasiões, um cadáver pode se mexer. Esse tipo de fenômeno, embora assustador para quem presencia, tem explicações científicas.

Movimentos involuntários em cadáveres podem ocorrer devido a uma série de fatores, e é importante entender as causas por trás desses reflexos para evitar especulações sensacionalistas. A seguir, AnaMaria aborda os motivos pelos quais, às vezes, um corpo sem vida pode se mexer.

O que causa movimentos em cadáveres?

Quando uma pessoa morre, o corpo passa por uma série de transformações que envolvem a parada de funções vitais, como a respiração e os batimentos cardíacos. No entanto, isso não significa que todos os sistemas do corpo parem de funcionar imediatamente. Movimentos involuntários, como espasmos, podem acontecer por diversas razões biológicas, mesmo após a morte.

Uma das explicações mais comuns para entender por que um cadáver pode se mexer está relacionada à atividade neuromuscular. Mesmo após a morte, os músculos podem armazenar energia residual. Essa energia pode ser liberada em forma de espasmos involuntários. Esses movimentos podem ser observados principalmente nas primeiras horas após o óbito, até que o corpo entre em rigor mortis — a rigidez muscular característica de corpos em decomposição.

Outro fator que pode causar esses movimentos é a presença de gases no corpo. Durante o processo de decomposição, bactérias que ainda estão presentes no sistema digestivo começam a liberar gases. Esse acúmulo de gases pode pressionar os músculos, causando pequenos movimentos, como o levantamento de um braço ou até mesmo um leve deslocamento do corpo.

Reflexos pós-morte e o rigor mortis

O rigor mortis é o fenômeno que causa a rigidez muscular nos corpos após a morte e geralmente se instala entre 2 e 6 horas após o falecimento. Esse processo é causado pela ausência de oxigênio nas células musculares, levando ao endurecimento dos músculos. No entanto, antes de o rigor mortis se completar, pode haver ainda alguns reflexos involuntários, pois o sistema nervoso e os músculos reagem à falta de oxigênio.

Assim, o fato de um cadáver se mexer pouco antes da rigidez total é explicado por reflexos nervosos que, embora pareçam assustadores, são naturais. Esses reflexos podem ser confundidos com sinais vitais, principalmente em momentos de comoção, como velórios, onde as emoções estão à flor da pele.

O que aconteceu no caso do bebê que se mexeu no velório?

O caso do bebê de 8 meses em Santa Catarina que supostamente mexeu a mão no próprio velório ilustra bem essa situação. O incidente gerou grande repercussão nas redes sociais, com muitas pessoas acreditando que a criança poderia estar viva. Entretanto, o laudo cadavérico apontou que a morte ocorreu algumas horas antes da cerimônia, e os sinais que foram observados pelos familiares e profissionais de saúde podem ter sido resultado de fenômenos naturais pós-morte, como os reflexos mencionados anteriormente.

O caso, no entanto, ainda está sob investigação, com o Ministério Público de Santa Catarina aguardando a conclusão do laudo anatomopatológico, que esclarecerá se houve algum erro no primeiro diagnóstico ou negligência no atendimento médico. 

Embora seja raro, um cadáver pode se mexer devido a reflexos involuntários, energia residual nos músculos ou a liberação de gases durante o processo de decomposição. Esses fenômenos, apesar de parecerem assustadores, são explicados pela ciência e não indicam a presença de vida no corpo. O caso do bebê que se mexeu no próprio velório é um exemplo de como essas situações podem gerar grande repercussão, mas devem ser tratadas com cautela e amparadas em laudos médicos e científicos.

 

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Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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