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Sono infantil: 10 curiosidades que você não conhecia
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Sono infantil: 10 curiosidades que você não conhecia

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Anamaria
10/06/2024 12h00
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O sono infantil é um aspecto fundamental para o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes, e, ainda assim, muitos pais e cuidadores têm dúvidas sobre esse tema. Para esclarecer as questões mais comuns e apresentar algumas curiosidades interessantes sobre o descanso dos pequenos, AnaMaria conversou com a pediatra e médica do sono Beatriz Sardano e com a consultora materno infantil Eliana Dias.

As especialistas em sono explicam melhor o que acontece desde a fase de bebê até a adolescência. A seguir, confira dez curiosidades sobre o sono infantil que você provavelmente não conhecia e que podem ajudar a garantir noites mais tranquilas e reparadoras para os pequenos.

Principais diferenças do sono em cada etapa do desenvolvimento infantil

Os padrões de sono infantil passam por mudanças significativas desde a fase de bebê até a adolescência, tanto em termos de quantidade quanto de distribuição ao longo do dia. Beatriz explica que "os bebês têm uma necessidade fisiológica maior de sono, podendo chegar a quase 20 horas ao longo das 24 horas do dia". Essa necessidade diminui progressivamente ao longo dos anos, com adolescentes precisando em média de 8 a 10 horas de sono por noite.

sono infantil

Além da quantidade, a forma como o sono é distribuído ao longo do dia também se altera. Nos primeiros meses de vida, os bebês têm o que é chamado de sono polifásico, que é distribuído em vários trechos curtos ao longo do dia e da noite. "Os bebês não conseguem estender muitas horas seguidas dormindo porque precisam ser amamentados e também não conseguem sustentar muitas horas seguidas em vigília", esclarece Sardano.

Ainda sobre quantidade total de sono que o bebê precisa dormir, Eliana Dias destaca que essa quantidade depende muito da idade do pequeno. De uma forma geral o importante é compreender que, até os 6 meses de idade o bebê muda mês a mês, essas mudanças são significativas em seu desenvolvimento neurológico e comportamental, e isso certamente influencia seu padrão de sono.

"Por isso, podemos afirmar que por exemplo: o padrão de sono de um bebê de 30 dias que necessita de 5 a 6 sonecas diárias é diferente do padrão de sono de um bebê de 6 meses que em media precisa 2 a 3 sonecas, sendo assim o ponto crucial é buscar por conhecimento sobre comportamento e necessidades dos bebês", aponta a consultora materno infantil.

Então, conforme as crianças crescem, o sono tende a se consolidar em uma única fase principal, que é o período noturno. Esse processo de transição é gradual e se torna mais evidente a partir da idade escolar. "Durante essa fase de transição, as crianças conseguem consolidar cada vez mais o sono no período noturno, sustentando mais horas seguidas dormindo e, em contrapartida, reduzindo sua necessidade de cochilos diurnos tanto em tempo quanto em frequência", explica Beatriz Sardano.

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Foto: Freepik

 

Essas mudanças são fundamentais para o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes, e compreender essas necessidades pode ajudar os pais e cuidadores a promover melhores hábitos de sono em cada fase do crescimento.

Problemas de sono infantil mais comuns e dicas para ajudar pais e cuidadores

De acordo com Sardano, os problemas de sono variam conforme a fase de desenvolvimento da criança. "Dentro da faixa etária de bebês, a queixa mais comum é a insônia comportamental da infância", afirma a especialista. Esse tipo de insônia está muitas vezes relacionado a maus hábitos de sono e associações inadequadas ao dormir.

"Os pais podem ajudar criando uma rotina de sono saudável e positiva, com horários regulares e apropriados para cada faixa etária. Realizar tarefas que promovam relaxamento mental e muscular antes de deitar-se e evitar exposição a telas ao menos 30 minutos antes de dormir são estratégias fundamentais", recomenda a médica do sono.

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Foto: Freepik

 

Eliana Dias, por sua vez, destaca a importância de entender os sinais dos bebês para lidar com problemas de sono. "Para lidar com as situações desafiadoras em relação ao sono do bebê, primeiro é preciso identificar o motivo pelo qual o bebê apresenta dificuldade para dormir. Persistir em estratégias de induzir o sono sem essa observação pode ser cansativo e frustrante", alerta a consultora materno infantil.

Ela recomenda observar o comportamento do bebê para entender se o choro ou resistência ao sono está ligado a fatores externos ou a algum desconforto na saúde do bebê. "Se o bebê está bem, o sono desajustado é geralmente um problema comportamental e não de sono", acrescenta.

Já na fase pré-escolar e escolar, além da insônia comportamental, Sardano destaca que é importante estar atento à apneia obstrutiva do sono. "Nessa fase, ocorre o pico de crescimento dos tecidos linfoides, responsáveis pela principal fisiopatologia da apneia obstrutiva do sono", aponta a especialista. Para identificar e tratar essa condição, é essencial buscar avaliação médica e seguir orientações específicas, que podem incluir intervenções comportamentais e, em alguns casos, tratamentos médicos.

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Foto: Freepik

 

Para adolescentes, o principal distúrbio do sono é a síndrome do sono insuficiente, que resulta de uma alteração fisiológica conhecida como atraso de fase de sono. "O adolescente demora mais tempo para ter sua liberação de melatonina, o que empurra o início do sono para frente, muitas vezes resultando em sono insuficiente", diz a médica. As mesmas orientações comportamentais, como manter horários de sono regulares e evitar a exposição a telas antes de dormir, são extremamente válidas e podem ajudar a resolver boa parte desses problemas.

Em todas as fases do desenvolvimento infantil, é essencial criar um ambiente que favoreça o sono e adotar práticas consistentes que promovam a qualidade do descanso. Estas abordagens ajudam a garantir que os filhos desenvolvam hábitos de sono saudáveis, essenciais para seu crescimento e bem-estar geral.

10 curiosidade interessantes sobre o sono infantil

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Foto: Freepik

 

Desde os primeiros meses de vida até a adolescência, as necessidades e padrões de sono mudam significativamente. Pensando nisso, Beatriz Sardano compartilhou algumas curiosidades interessantes sobre o sono infantil, as quais podem ajudar pais e cuidadores a entenderem melhor o sono dos pequenos e promoverem hábitos mais saudáveis. Confira a seguir:

  1. Adolescentes toleram melhor a vigília e a pressão de sono: os adolescentes possuem uma capacidade maior de resistir à sonolência e de ficar acordados por mais tempo;

  2. Crianças expressam privação de sono através do comportamento: quando dormem mal ou pouco, as crianças frequentemente mostram irritabilidade e hiperatividade;

  3. Bebês pequenos iniciam o sono em fase REM: até os 2 ou 3 meses de idade, os bebês começam o sono na fase REM, ao contrário das outras faixas etárias;

  4. Careta dormindo indica sono REM em crianças: se uma criança faz caretas enquanto dorme, isso significa que ela está em sono REM;

  5. Produção de melatonina começa aos 3 meses: os bebês começam a produzir a própria melatonina a partir dos 3 meses de idade;

  6. Parassonias do sono Não REM são comuns na infância: sonambulismo, terror noturno e despertar confusional são características da infância e têm padrão de herança familiar;

  7. Crianças mantêm os olhos abertos durante parassonias Não REM: durante eventos de parassonias Não REM, as crianças mantêm os olhos abertos, levando os pais a pensarem que elas estão despertas;

  8. Itens fofos no berço são perigosos para bebês até 6 meses: bebês até pelo menos 6 meses de idade não devem ter cobertores, travesseiros, paninhos, ninhos ou bichinhos no berço, devido ao risco de sufocamento;

  9. Roncar não é normal em crianças: o ronco em crianças deve ser investigado, pois não é considerado normal e pode indicar problemas respiratórios;

  10. Cada criança é única: cada criança tem sua própria característica e desenvolvimento. As orientações e cuidados em relação ao sono devem ser individualizadas, pois nem tudo funciona igual para todos.

Essas curiosidades sobre o sono infantil destacam a importância de compreender as necessidades específicas de cada faixa etária e de cada criança. Com esse conhecimento, pais e cuidadores podem criar ambientes mais propícios ao sono e adotar práticas que promovam uma boa qualidade de descanso. Afinal, um sono adequado é fundamental para o desenvolvimento saudável e o bem-estar das crianças.

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