Conheça a Síndrome do Papai Noel Doente e entenda o que tem a ver com o Natal

Em dezembro de 1986, um epidemiologista do Centro de Saúde Ambiental da Marinha dos EUA chamado Mark Dembert publicou um artigo na revista Journal of the American Medical Association que chamou atenção para o que denominou de "Síndrome do Papai Noel Doente".

Durante os anos 80, Dr. Dembert não se limitava a estudar a propagação de doenças; ele também se vestia de Papai Noel para alegrar crianças em hospitais, explica o New York Post. Essa experiência lhe proporcionou uma perspectiva inusitada sobre como os vírus podem se espalhar durante o Natal.

Em seu estudo, o médico destacou que, apesar da falta de pesquisas epidemiológicas formais sobre as consequências da atuação como Papai Noel, sua vivência prática como “Papai Noel itinerante” lhe ofereceu um entendimento valioso sobre os riscos à saúde associados ao papel.

Sintomas

Segundo ele, a síndrome se manifesta através de sintomas como febre baixa, dores musculares, dor de cabeça, congestão nasal e aumento dos gânglios linfáticos.

"Não deveria ser nenhuma surpresa, sugere o Dr. Mark Dembert, escrevendo no Journal of the American Medical Assn., encontrar Papais Noéis com febre baixa, dor de cabeça, congestão nasal, uma sensação geral de mal-estar, dor ao engolir, tosse, glândulas inchadas, apetite baixo e sede aumentada. Tudo isso meio que combina com o território do Papai Noel", publicou o Los Angeles Times em 1986.

Dr. Dembert observou que essa condição pode afetar indivíduos de qualquer idade e gênero, com maior incidência entre dezembro e meados de janeiro. Ele elencou fatores de risco como abraços, interações face a face e as inevitáveis aproximações com as crianças durante os eventos natalinos.

A prevenção, segundo o especialista, é limitada. A vacinação contra a gripe é recomendada para aqueles que desempenham esse papel no período festivo, além do uso de vitaminas para fortalecer o sistema imunológico.

Inevitável

Em uma entrevista à UPI no mesmo ano da publicação do artigo, Dembert precisou interromper sua fala devido a um ataque de tosse causado pela própria Síndrome do Papai Noel.

"Tenho quase certeza de que aprendi no sábado, quando fui Papai Noel para 150 crianças no hospital infantil", explicou ele. "Crianças são crianças e elas espirram na sua cara e limpam as mãos na sua barba, e é claro que eu incentivo isso", continuou o profissional.

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