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Estudo demonstra que mediunidade pode ter relação com alterações genéticas
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Estudo demonstra que mediunidade pode ter relação com alterações genéticas

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Aventuras Na História
18/02/2025 15h00
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©Divulgação/Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
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Uma das figuras mais enigmáticas do Brasil foi o médium Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier, conhecido por psicografar diversas obras e mensagens ao longo de sua vida. E um estudo recente chama atenção para o fato de que, o que sempre se pensou ser o "dom" da mediunidade, pode na verdade ter relação com alterações genéticas individuais.

O estudo, publicado no Brazilian Journal of Psychiatry, foi coordenado pelo professor Wagner Farid Gattaz, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), e também responsável pelo Laboratório de Neurociências da universidade.

Para a pesquisa, foram comparadas 54 pessoas identificadas como médiuns, bem como outros 53 parentes de primeiro grau delas, sem qualquer habilidade do tipo descrita. Além disso, vale destacar que as principais fontes religiosas do grupo eram a umbanda e o espiritismo.

"O estudo desvendou alguns genes que estão presentes em médiuns, mas não em pessoas que não o são e têm o mesmo background cultural, nutritivo e religioso", explica Gattaz à Folha de S. Paulo. "Isso significa que alguns desses genes poderiam estar ligados ao dom da mediunidade".

Comparações

Para o estudo, foram selecionados médiuns reconhecidos pelo grau de acerto em suas predições, que praticavam a mediunidade pelo menos uma vez por semana e não ganhavam dinheiro com ela. E após a genética destes indivíduos serem analisadas e comparadas com familiares, foi revelado quase 16 mil variantes genéticas "que provavelmente impactam a função de 7.269 genes".

Esses genes surgem como possíveis candidatos para futuras investigações de bases biológicas que permitem experiências espirituais como a mediunidade", acrescenta Gattaz.

"Esses genes estão em grande parte ligados ao sistema imune e inflamatório. Um deles, de maneira interessante, está ligado à glândula pineal, que foi tida por muitos filósofos e pesquisadores do passado como a glândula responsável pela conexão entre o cérebro e a mente", acrescenta o pesquisador. No entanto, essa hipótese ainda precisa ser confirmada experimentalmente.

Alexander Moreira-Almeida, coautor do estudo e diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora, ainda justifica o motivo de comparar os médiuns geneticamente com seus familiares:

"Se eu pegasse um grupo de controle que fosse uma outra pessoa qualquer, aleatória, poderia ter muita diferença sociocultural, econômica e também da própria genética. Quando a gente pega um parente, vai ter uma genética muito mais parecida e um background sociocultural muito mais próximo", explica.

Por fim, Gattaz ainda acrescenta que não é necessariamente preciso ter uma determinada combinação genética para ser médium. "O nosso estudo mostra apenas que alguns desses genes são candidatos para serem estudados em novas pesquisas e podem contribuir para o desenvolvimento do dom da mediunidade".

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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