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Ingrediente tétrico: A história do queijo mais perigoso do mundo
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Ingrediente tétrico: A história do queijo mais perigoso do mundo

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Aventuras Na História
13/10/2024 17h00
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©Getty Images
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Embora não seja uma iguaria tão presente em todas as culturas gastronômicas quanto o pão, o queijo também é um alimento bastante antigo, sendo sua origem incerta, mas estimada de mais de 6 mil anos atrás. E ao longo da história humana, por todo o mundo, diferentes formas de se produzir queijos foram criadas, dando origem também a tipos de queijos diferentes.

E na ilha italiana de Sardenha, no mar Mediterrâneo, há uma iguaria bastante peculiar chamada de casu marzu, um tipo de queijo que chama atenção por possuir um ingrediente bastante peculiar em sua produção: larvas vivas de mosca, que são servidas junto ao alimento.

Por essa razão, inclusive, ele foi proibido em 1962 de ser comercializado na Itália, pois a lei do país não permite o consumo de comidas infectadas com parasitas. Ainda assim, ele nunca deixou de ser produzido, e em 2009 foi até mesmo nomeado pelo Guinness World Records, o livro dos recordes, como o queijo mais perigoso do mundo.

Trecho de vídeo mostrando fabricação do queijo citado / Crédito: Reprodução/Vídeo/YouTube/@culturetrip

 

Como é feito?

Segundo a revista Casa e Jardim, até certa etapa da produção, o casu marzu não diferencia tanto de outros queijos, utilizando leite cru de ovelha. O diferencial começa com a adição de larvas vivas, que abrem caminho através do laticínio, digerindo todas as proteínas do queijo — o que o deixa mais cremoso e macio.

Às vezes, inclusive, o queijo é passado por uma centrífuga que misturam as larvas e o queijo em uma massa única. Porém, também há os entusiastas que preferem devorá-lo enquanto os vermes continuam vivos e inteiros.

Para estes casos, inclusive, há um risco a mais: caso algumas dessas larvas sobrevivam à mastigação e aos ácidos estomacais, chegando ao intestino do indivíduo, podem causar microperfurações internas e até mesmo acarretar um quadro de miíase intestinal, além de "vômitos, dor abdominal e diarreia sanguinolenta", conforme repercute o Guinness.

Vale mencionar que, quando os vermes morrem naturalmente, o queijo deixa de ser considerado seguro para consumo, e é então visto como "estragado" pelos sardos. Por isso, inclusive, é bastante importante o controle no tempo e nas condições da produção do queijo, que leva cerca de três meses para estar pronto para ser comido.

Foto de pedaço de cazu marzu de perto mostrando uma larva / Crédito: Reprodução/Vídeo/YouTube/@culturetrip

 

Queijo proibido

Como já mencionado, o casu marzu é proibido pelo governo italiano, de forma que sua venda pode render uma multa de até 60 mil dólares, além de ser proibido também em toda a União Europeia. No entanto, segundo a CNN, essa legislação ainda é ignorada pelas famílias tradicionais da Sardenha, que consideram o produto uma iguaria importante da cultura gastronômica local.

Ainda assim, estima-se que o comércio ilegal do queijo chegue a até 100 toneladas por ano, o que renderia uma movimentação estimada entre 2 milhões e 3 milhões de euros anualmente.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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