'Técnica do macho tóxico' pode ajudar a controlar doenças tropicais
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Uma nova esperança na luta contra doenças tropicais como a malária e a dengue surgiu com um estudo de cientistas australianos. A pesquisa, publicada na revista Nature Communications na última terça-feira, 7, apresenta uma técnica inovadora que utiliza mosquitos geneticamente modificados para controlar a população desses insetos e, consequentemente, a propagação de doenças.
A chamada "técnica do macho tóxico" consiste em criar mosquitos machos com esperma contendo proteínas venenosas. Ao se reproduzirem com as fêmeas, essas proteínas causam a morte das fêmeas, interrompendo o ciclo de vida do mosquito e impedindo a transmissão de doenças.
"Essa abordagem poderia ser tão eficaz quanto os pesticidas, mas sem os danos colaterais para outras espécies benéficas", afirma o cientista Sam Beach, da Macquarie University, no estudo.
Testes
Os primeiros testes da técnica foram realizados em moscas-das-frutas, demonstrando uma redução significativa na vida útil das fêmeas que se acasalaram com os machos "tóxicos". No entanto, os pesquisadores ressaltam que são necessários mais estudos para avaliar a eficácia e segurança da técnica em mosquitos.
A equipe testará o método em mosquitos com métodos rigorosos para garantir que não haja risco para os seres humanos", disse o pesquisador Maciej Maselko no estudo.
Segundo o UOL, a engenharia genética já é utilizada há algum tempo para controlar populações de mosquitos, mas esta nova abordagem apresenta um potencial promissor devido à sua especificidade e rapidez.
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