Consciência Negra: entenda a origem e a importância da data
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Em 20 de novembro de 2025, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra será celebrado pela segunda vez como feriado nacional. Instituída em 2011, a data tem como objetivo incentivar o combate ao racismo e promover a igualdade para uma população que, segundo o IBGE, representa 56% dos brasileiros.
Conheça a origem da Consciência Negra
Atualmente, os movimentos negros têm o direito de atuar, contribuindo para construir uma sociedade mais justa. No passado, contudo, em um período escravocrata não tão distante, poucos grupos lutavam às escondidas pela própria liberdade e até pela existência. Um grande exemplo é a comunidade liderada por Zumbi dos Palmares: o Quilombo dos Palmares.
Sob o comando do maior organização quilombola do período colonial, ele se tornou um símbolo de resistência contra a escravidão. Isso porque ajudou a proteger escravizados fugidos dos ataques da coroa portuguesa. Por anos, obteve sucesso, formando alianças de defesa e lutando pelos direitos da população negra, enquanto ainda precisava se esconder para sobreviver. Entretanto, em 1695, o líder foi morto durante uma expedição dos governantes ao seu território.
Décadas depois, em 1971, o Grupo Palmares, formado por estudantes negros, descobriu a data exata do falecimento: 20 de novembro. O fundador da iniciativa, o professor Oliveira Silveira, então, sugeriu dedicar o dia à celebração da Consciência Negra. A proposta buscava substituir o 13 de maio, marcado pela Lei Áurea, por um momento que reconhecesse a luta e a resistência da população negra.
“O 13 não satisfazia, não havia por que comemorá-lo. A abolição só havia abolido no papel. […] E sem o 13 era preciso buscar outras datas […]”, diz um trecho do artigo ‘Vinte de Novembro: história e conteúdo’, de Silveira.
Data enaltece luta e promove igualdade
Mas foi somente em 2011, com a Lei nº 12.519, que os planos do idealizador se concretizaram e o 20 de novembro entrou oficialmente para o calendário nacional. A determinação marcou o início de uma fase no Brasil de maior reconhecimento à população negra, bem como de valorização de sua cultura e de seus direitos.
Nesse momento, ficou clara a necessidade dar destaque a uma comunidade que moldou grande parte dos elementos nacionais, seja na música, na culinária ou na religião. Isso ocorreu, inclusive, com a inclusão do Dia Nacional da Consciência Negra no calendário escolar, possibilitando que os jovens tenham conhecimento desse papel do povo afro-brasileiro.
Hoje, na data, todos os 26 estados e o Distrito Federal têm a oportunidade de conhecer e celebrar esse legado. “Celebrar a consciência negra é lembrar quem somos, de onde viemos e o que significa sermos um país de maioria negra, respeitando e promovendo a diversidade e a valorização de todos os brasileiros e brasileiras”, afirmou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em comunicado.
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