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Dez dicas para cuidar da saúde quando há incêndios por perto
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Dez dicas para cuidar da saúde quando há incêndios por perto

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Bons Fluidos
26/08/2024 18h28
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© Pexels/Saravanan Narayanan
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Os noticiários do Brasil, nesses últimos dias, mostraram os incêndios que invadiram o interior do estado de São Paulo. E, segundo a empresa de meteorologia MetSul, as queimadas correspondem a 38% dos focos que acontecem em todo o país. Então veja o que fazer quando um local perto de você, ou na região de onde mora, for incendiado:

Os riscos

Em um ano que as chuvas estão abaixo da média, a umidade disponível para a vegetação acaba sendo menor, segundo o que disse a meteorologista e pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ana Avila, à BBC News Brasil. E a situação passa a ficar perigosa com a propagação das queimadas, pois o fogo se alastra rapidamente. “A fumaça vem sendo transportada pelos ventos. A condição de tempo seco nos últimos dias, somada ao efeito de aproximação de uma frente fria, que alinha os ventos de noroeste para sudeste e os deixa mais intensos, têm favorecido a propagação e proliferação de queimadas, bem como dificultam qualquer tentativa de combate”, explica.

Com isso, a saúde das pessoas acaba sendo afetada e o maior risco está na fumaça. “A fumaça contém materiais tóxicos, como dioxinas e metais pesados , além de partículas finas que podem ser inaladas, causando problemas respiratórios graves, sobretudo para quem já tem doenças pré-existentes. Gases tóxicos, como monóxido de carbono e óxidos de nitrogênio, também são liberados, aumentando o risco e agravando doenças pulmonares e cardiovasculares”, afirmam os pneumologistas entrevistados pelo veículo de notícias.

Essas substâncias são capazes de alcançar diversas cidades em volta da região de queimadas, e a reação do corpo humano é certeira. “As partículas finas e os elementos químicos presentes na poluição ultrapassam as células pulmonares [alvéolos] e entram na circulação sanguínea, sendo distribuídos por todo o corpo. Isso causa inflamação nos vasos sanguíneos, aumentando o risco de pressão alta , arritmias e até infarto agudo do miocárdio. Portanto, a poluição prejudica não apenas os pulmões, mas também o coração e a circulação”, detalha o pneumologista do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), Mauro Gomes à BBC News Brasil.

Como se proteger da fumaça de incêndio?

O pneumologista da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Ubiratan Santos, chama atenção para alguns públicos específicos que merecem cuidado, mas todas as pessoas podem sofrer os efeitos, que incluem olhos, nariz e garganta irritados “Pessoas com doenças crônicas, como asma, bronquite, enfisema, rinite, rinossinusite ou problemas cardiovasculares, são especialmente vulneráveis à inalação de fumaça. É crucial monitorar esses grupos nas semanas e meses seguintes, pois os efeitos inflamatórios podem surgir com atraso, agravando outras condições crônicas”, indica.

Sendo assim, aqui vão alguns conselhos para você se cuidar:

  • Evite a exposição desnecessária à fumaça e, quando possível, permaneça em ambiente fechado.
  • Ao sair na rua, utilize máscara, especialmente a de modelo N95, pois elas são capazes de filtrar partículas finas.
  • Mantenha as janelas e portas de casa fechadas para que o ar poluído entre em menor quantidade.
  • Utilize umidificadores ou espalhe bacias de água e panos molhados pela casa para purificar o ar de dentro.
  • Em casos de pacientes com asma, doenças pulmonares e rinite alérgica, mantenha o tratamento regular ou passe a utilizar a medicação inalatória (bombinhas) antes que os sintomas se agravem.
  •  Evite locais com grande concentração de fumaça.
  • Se você tiver contato direto ou morar perto das áreas de queimada, e apresentar falta de ar, chiado no peito, tonturas e/ou dor de cabeça, procure um médico.
  • Beba bastante água.
  • Lave o nariz e os olhos com soro fisiológico.
  • Suspenda a prática de atividade física ao ar livre nos próximos dias.

 

 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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