Dois dos tipos de câncer mais frequentes no Brasil são assintomáticos no início
Bons Fluidos
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de maior incidência no Brasil é o de pele não melanoma, com 31,3% dos casos. Depois, vem o de mama feminina e o de próstata, que equivalem a 10,5%. Em seguida, o câncer de cólon e reto representa 6,5%; após isso, o de pulmão, com 4,6%, e, por último, o de estômago (3,1%).
Câncer relacionado ao sistema digestivo
Dois desses estão relacionados ao sistema digestivo, o colorretal e o de estômago . Muitas vezes, eles podem ser completamente assintomáticos no início, não deixando o paciente desconfiar que possa estar com algum tipo desses tumores. Com isso, normalmente, quando os sintomas surgem, o caso pode estar em um nível avançado e mais difícil de se curar. Sendo assim, se faz necessária a prevenção e o cuidado com a saúde. Abaixo, os cirurgiões do aparelho digestivo, Dr. André Augusto Pinto, e o geral, Dr. Álvaro Faria, indicam o que fazer para evitar ambas as versões da doença.
Estilos de vida saudáveis
Tanto para evitar o câncer de estômago, quanto o câncer colorretal, tem de realizar mudanças no estilo de vida. Pois a pessoa precisa ser saudável e realizar os exames de rotina . No caso do primeiro, é fundamental evitar o consumo de álcool, cigarro e de sal, e fazer as consultas para checar a necessidade de uma endoscopia digestiva. Já para o segundo, o exame preventivo principal é a colonoscopia, que permite não a visualização direta de lesões suspeitas, a realização de biópsias e a remoção de lesões em estágios iniciais.
As pessoas têm de fazer esses testes, por sua vez, a partir dos 45 anos ou, se tiver um parente de primeiro grau que tenha tido o câncer colorretal , é necessário realizá-los 10 anos antes do diagnóstico. “Por exemplo, se um dos pais foi diagnosticado aos 52 anos, os filhos devem realizar a colonoscopia aos 42 anos”, explica Augusto Pinto.
“Em ambos os casos, os tratamentos podem variar desde a necessidade de cirurgia até a combinação de quimioterapia ou radioterapia, sendo individualizados de acordo com o tipo e o estágio do câncer”, esclarece Faria. Apesar de tudo, quando diagnostica-se os casos precocemente, as chances de cura são significativamente maiores.