Três dicas para fazer a criança comer de forma saudável
Bons Fluidos
Com tantas opções de balas, bolachas – ou biscoitos, como preferir chamar – empanados e outros alimentos ultraprocessados, sabemos que fica difícil fazer a criança comer de forma saudável – ainda mais porque a maioria desses produtos ficam à altura dos olhos delas nos mercados. Então, para te ajudar, chamamos a chef Aline Chermoula, que compartilhou dicas que deram certo com seus filhos.
“É um caminho necessário, porém árduo, conseguir com que as crianças tenham uma alimentação quase 100% saudável. É uma concorrência bem desleal. Para o paladar deles, é tudo muito saboroso, muito docinho, a textura é diferente. Aí fica difícil quando apresentamos a chicória amarga ou a couve, né? É bastante complexo, mas eu tenho percebido, a partir da minha experiência como mãe, que é possível alcançar bons resultados com bastante insistência”, afirma.
Criança na cozinha
Apesar de não ser a primeira opção da maioria, a especialista da gastronomia deu o primeiro passo introduzindo as crianças à cozinha. “Na pandemia, quando os dois ainda eram bem pequenininhos, decidi ensiná-los a prepararem alguns pratos, sempre considerando a idade, né? Por exemplo, uma panqueca, um bolo ou um ovinho. E eu fui percebendo que, quando eles ajudavam no preparo, mesmo que fosse só colocando os ingredientes, ficavam mais entusiasmados para provar”, relata.
Preparos diferentes
Outra dica de Chermoula é mostrar o que eles dizem que não gostam de uma outra forma. “Em um segundo momento, respeitando, mas buscando o que eles já consomem de um outro jeito, para mudar o que estão rejeitando, como o tomate. Meus filhos falavam que não comiam, e eu dizia que o mesmo ingrediente estava no molho da pizza, e explicava que sem ele, a massa ficaria muito seca. Aí eles davam um olhar meio desconfiado e eu aconselhava provar. Com o tempo, foram se abrindo e percebendo que gostavam do tomate assado, mas na salada não. Dessa forma, vamos encontrando novos caminhos”, indica.
Idas ao mercado
Por fim, outra alternativa para fazer a criança comer de forma saudável é levá-la ao mercado. “Eles fazem compras comigo desde quando eram bebês. Quando começaram a andar e a querer explorar, passei a pedir para pegarem os produtos. Isso fez com que reconhecessem os alimentos. Em outro momento, comecei a levá-los para a parte de hortifruti. Então eu mostrava alimentos que se pareciam e falava que tinham relação de parentesco, como irmãos ou primos. Percebi que, desta forma, eles foram aumentando o repertório e, quando viam o alimento em casa, queriam provar”, conclui.