Quando se preocupar com 'cecê' em crianças? Médico explica
Caras
Durante a puberdade, o corpo da criança e do adolescente passa por algumas mudanças que já são esperadas, consideradas normais para essa fase. Uma dessas é o famoso cecê, aquele cheirinho mais forte que começa a surgir na região das axilas, mas quando se preocupar? Em entrevista à CARAS Brasil, o médico endocrinologista pediátrico Miguel Liberato esclarece sobre odor axilar em crianças e faz alerta sobre quando se preocupar: "Deve ser investigada".
Segundo o especialista, essa é uma alteração normal e esperada para o início da puberdade. No entanto, ele alerta que o aparecimento precoce desse odor, antes dos oito anos em meninas e dos nove em meninos, pode ser motivo de preocupação.
"Nem sempre esse odor indica que já há o início da produção de hormônios da fase da puberdade, mas, como essa é uma possibilidade, toda criança que apresenta início precoce do odor deve ser investigada para tentar identificar a causa”, explica.
Não é só o cecê que deve ser um sinal de alerta, o Dr. Miguel esclarece que é necessário estar atento caso a criança apresente sinais de puberdade precoce, mas menciona que algumas crianças apresentam esse odor apenas temporariamente.
“Se o início desse cheiro vem acompanhado de acne, aumento de velocidade de crescimento, pelos pubianos e outros sinais de puberdade. Algumas crianças também podem apresentar um odor axilar transitório, causado pelo uso de roupas que estejam colonizadas por bactérias", avalia.
QUANDO USAR DESODORANTE?
O Dr. Miguel esclarece uma dúvida muito comum sobre o uso de desodorantes e antitranspirantes em crianças. Segundo a ANVISA, desodorantes são liberados para crianças a partir dos oito anos, desde que não contenham álcool, parabenos e alumínio. Já os antitranspirantes são recomendados apenas após os 12 anos de idade.
"Contudo, em crianças menores de oito anos ou para pais que preferem evitar desodorantes, é possível usar o leite de magnésia, que neutraliza os ácidos do suor e reduz a proliferação de bactérias, e o leite de rosas, que atua como antisséptico devido ao óxido de zinco e cloreto de benzalcônio”, finaliza.
Para todos os efeitos, o Dr. Miguel Liberato reforça que a escolha do tratamento deve ser feita com cautela e acompanhamento médico, visando o bem-estar da criança.
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