Alimentos à base de plantas ultraprocessados podem apresentar risco à saúde, revela estudo
ICARO Media Group TITAN
Os alimentos ultraprocessados (AUPs) tornaram-se um componente essencial das dietas modernas, oferecendo conveniência e longa vida útil nas prateleiras. Caracterizados por um processamento industrial extenso, esses alimentos são frequentemente carregados de aditivos como conservantes, corantes e aromatizantes para realçar sabor e aparência.
Uma pesquisa liderada pela USP revelou que mesmo os alimentos de origem vegetal, mas que são ultraprocessados, podem representar riscos à saúde, especialmente no caso de doenças cardiovasculares. O estudo utilizou dados de mais de 118 mil pessoas e contou com a participação de pesquisadores do Imperial College London, no Reino Unido.
Os alarmantes achados do estudo revelaram que o alto consumo de AUPs à base de plantas poderia levar a um aumento de 7% no risco de doenças cardiovasculares em comparação com seus equivalentes minimamente processados. A pesquisa também destacou um aumento de 13% no risco de morte precoce associado a esses alimentos, sublinhando a importância de entender o impacto da saúde do nível de processamento dos alimentos.
Além das questões cardiovasculares, os AUPs têm sido associados a uma série de doenças não transmissíveis, incluindo certos cânceres. Os aditivos industriais e métodos utilizados na criação dos AUPs contribuem para resultados de saúde adversos, como estresse oxidativo e inflamação, que podem aumentar o risco de doenças crônicas.
É importante ressaltar que a pesquisa mira especificamente na natureza ultraprocessada dos alimentos, e não em dietas à base de plantas como um todo.