Aumento dos casos de Febre Oropouche: entenda sintomas e diagnóstico

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A febre oropouche esteve historicamente associada à região Norte do Brasil, encontrada principalmente em áreas próximas à selva amazônica. No entanto, nos últimos tempos, o número de casos tem aumentado consideravelmente em todo o país, ultrapassando os 5 mil casos.
A febre oropouche é uma arbovirose, ou seja, uma doença causada por um vírus transmitido por artrópodes. Mosquitos e moscas contaminados são os principais responsáveis por transmitir essa doença, assim como outras arboviroses como a dengue, chikungunya, zika e febre amarela.
Um dos desafios no diagnóstico da febre oropouche é que ela apresenta sintomas semelhantes a outras arboviroses, como febre, dor de cabeça, dor muscular, mal-estar, dor nas articulações, náuseas e diarreia. Por isso, exames de laboratório são necessários para confirmar o diagnóstico. O agente infeccioso responsável pela febre oropouche é o Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), identificado pela primeira vez nos anos 1960 em um animal silvestre.
Os sintomas da febre oropouche são muito parecidos com os da dengue, zika e chikungunya. Portanto, é fácil confundir qual vírus está causando a infecção. A única exceção pode ser a picada, já que a febre oropouche pode causar coceira e irritação mais intensas na região afetada.
Quanto ao diagnóstico da febre oropouche, ele depende do histórico recente da pessoa e da realização de exames específicos. No entanto, nem todos os locais têm acesso a esses exames, o que tem mudado apenas recentemente, já que a doença era concentrada em uma região específica do país.
Uma diferença importante entre a febre oropouche e outras arboviroses é o vetor responsável por sua transmissão. Enquanto a dengue, zika e chikungunya são transmitidas principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, a febre oropouche tem como principal transmissor o mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Outros mosquitos também podem transmitir a doença em áreas de mata.
É importante ressaltar a necessidade da vigilância epidemiológica e conscientização sobre a doença, pois ainda não há vacinas ou tratamentos específicos para a febre oropouche, apenas medidas de alívio dos sintomas, como repouso, hidratação e administração de medicamentos.


