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Transcendendo o Medo
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05/09/2025 18h41
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Pela Dra. Eva Ritvo* para o Beverly Hills Courier

Pense um pouco: o que é o oposto do medo para você? Talvez seja paz, amor, alegria, confiança, empoderamento, coragem, fé ou felicidade. Independente da sua resposta, é vital desenvolver estratégias que incentivem essa transformação.

O medo é a nossa forma de nos proteger e nos alertar para perigos potenciais. Não podemos viver sem ele. O medo vem de uma região ancestral do nosso cérebro, a amígdala, e prescreve reações simplistas impulsionadas pelo nosso sistema nervoso simpático: lutar, fugir ou "congelar". Durante a pandemia, por exemplo, muitos de nós recorremos a um estado de "congelamento". Mas, como podemos nos livrar de uma vida dominada pelo medo? Felizmente, existem muitas técnicas que você pode empregar.

Quando o medo surgir, reconheça sua presença e examine sua intenção. Aliás, acolha-o. Ele é, de fato, seu amigo e está presente para ajudá-lo. Pergunte a si mesmo: "Qual é o perigo iminente e como posso me proteger e proteger meus entes queridos?". O perigo pode advir de ameaças físicas percebidas, como doenças, violência armada, furacões, dirigir, voar e assim por diante. Também pode advir de ameaças emocionais, como medo da perda, rejeição ou humilhação.

Uma vez que reconhecemos nossos medos, podemos decidir a resposta apropriada. Como as reações primitivas — lutar, fugir ou congelar — raramente são a solução em nosso mundo complexo, precisamos acionar a parte oposta do nosso sistema nervoso, o sistema nervoso parassimpático. Essa parte do nosso sistema nervoso acalmará a amígdala e nos permitirá usar o lobo frontal, que é mais adequado para a resolução de problemas. Derivado do latim "para", que significa "ao redor", o sistema nervoso parassimpático envolve o nosso sistema nervoso simpático e nos ajuda a recuperar uma sensação de calma e bem-estar.

Um passo crucial para superar o medo excessivo é reconhecer sua existência. A aceitação abre caminho para a mudança. Manter um diário, documentando nossos medos e gatilhos, pode ser fundamental para mapear nosso território emocional, permitindo-nos detectar padrões e confrontar nossos medos proativamente.

Construir autoconfiança também pode ser útil para combater o medo excessivo. Ao afirmarmos persistentemente nossas habilidades e potencial, podemos elevar nossa autoestima e reduzir o medo. Repetindo frases para nós mesmos como "Eu sou suficiente", "Eu consigo lidar com esta situação", "Eu sou resiliente", "Eu tenho valor" e "Eu me amo incondicionalmente", podemos construir confiança. Esses sentimentos podem ajudar a dissipar a dúvida e o medo, plantando essas mensagens positivas em nosso subconsciente. Algumas pessoas gostam de colocar essas mensagens na porta da geladeira, no espelho do banheiro ou em outros lugares que possam consultar ao longo do dia. Mudanças exigem repetição frequente.

Mindfulness e meditação são práticas poderosas para mitigar o medo excessivo, aumentando nossa consciência sobre pensamentos e sentimentos e nos permitindo discernir entre medos racionais e irracionais. Ao nos ancorarmos no presente, podemos nos desapegar de arrependimentos passados ​​e incertezas futuras que fomentam o medo e trabalhar para cultivar a tranquilidade no agora. Eckhart Tolle, em seu best-seller "O Poder do Agora", nos incentiva a nos perguntar: "Estou seguro agora? Meus entes queridos estão seguros agora?". Se ambas as respostas forem sim, você pode praticar a busca pela segurança do momento presente para cultivar paz e tranquilidade.

Podemos usar a respiração como uma âncora para o momento presente. Simplesmente acompanhe a inspiração e a expiração como uma forma de meditação. Respirando lenta e profundamente, alongando cada expiração, você pode desacelerar a frequência cardíaca e acalmar a mente. Você pode repetir em voz alta ou mentalmente: "Estou inspirando. Estou expirando". Você pode observar outros pensamentos surgirem e aprender a deixá-los ir enquanto se concentra novamente na respiração e no momento presente. Uma varredura corporal é uma forma semelhante de meditação na qual você se deita ou senta em silêncio e desloca sua atenção para cada parte do corpo enquanto pratica a liberação de seus pensamentos automáticos.

Ser capaz de enxergar os erros do passado como uma oportunidade de aprendizado, em vez de fracassos, também nos ajuda a transcender o medo. Quando conseguimos manter uma autoestima positiva mesmo em tempos desafiadores, conseguimos enxergar os obstáculos da vida sob uma nova luz. Se desvincularmos nossa autoestima do resultado, podemos seguir em frente com confiança e menos medo.

Por fim, fomentar uma rede de apoio é muito valioso para superar o medo. Discutir nossos medos pode diminuir o controle que eles têm sobre nós, servindo como um lembrete de que não estamos sozinhos em nossas batalhas. Um mentor, um grupo de apoio ou assistência profissional podem oferecer perspectivas e estratégias valiosas para o gerenciamento eficaz do medo. Há uma abundância de livros, aplicativos e vídeos de autoajuda desenvolvidos para ajudar a combater o medo excessivo. Se esses recursos não forem suficientes, não hesite em procurar ajuda médica, pois existem muitas formas de terapia, incluindo medicamentos, que podem reduzir o medo excessivo de forma segura e eficaz.

Lembre-se de que o medo é um pouco como o efeito Cachinhos Dourados. Tanto o excesso quanto a falta dele podem ser prejudiciais à nossa saúde. Conseguir o "temor perfeito" é um desafio diário para a maioria de nós, e é muito bom quando conseguimos.

“Aprendi que coragem não é a ausência de medo, mas o triunfo sobre ele. O homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas aquele que vence esse medo.”
Nelson Mandela

* A Dra. Eva Ritvo, colunista do Beverly Hills Courier, é psiquiatra com mais de 30 anos de experiência em Miami Beach. Ela é autora de "Bekindr - O Poder Transformador da Gentileza" e fundadora da Iniciativa Global Bekindr, um movimento para levar mais gentileza ao mundo. É coautora de "A Receita da Beleza" e "O Guia Conciso para Terapia Conjugal e Familiar". É também cofundadora do Bold Beauty Project, uma organização sem fins lucrativos que conecta mulheres com deficiência a fotógrafos premiados na criação de exposições de arte para conscientizar sobre a importância da inclusão. A Dra. Ritvo é formada em medicina pela UCLA e possui residência em psiquiatria pela Weill Cornell Medicine.

Leia o artigo original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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